quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Fim de uma bela jornada

Pessoal, caros e caras leitoras deste blog que foi construído e alimentado não só com o trabalho de uma pessoa, mas com o empenho de muitas pessoas. Estou me despedindo da função de jornalista da ex-Cooperação Social da ENSP/Fiocruz e quero neste espaço render minhas homenagens aqueles e aquelas que me ajudaram a fazer o meu trabalho de comunicação comunitária: Mayalu, Rosane, Vanessa, Ariana, Pedro, Leonídio, Michele, etc. etc. etc...

Com os judocas de Gabu
Quero agradecer a todas e a todos, a parceria na alimentação desta comunicação sobre Manguinhos e suas inúmeras comunidades. Foi um imenso prazer ter podido colocar meus serviços ao inteiro dispor de vocês. Pena não ter podido apurar, produzir conteúdos, registrar, fomentar discussões, falar com todas as pessoas, visibilizar aspirações, vocações, feitos, enfim, as histórias e estórias que povoam Manguinhos e seus milhares de habitantes.

Se mais não pude fazer, perdoem-me, mas as perninhas foram curtas, e nem sempre a vontade de dar voz a todos e todas combinava com as possibilidades e tempos adequados.

No Fórum Social Temático, Porto Alegre (RS)
Foi uma longa caminhada, desde 2011, aprendi a conhecer alguns personagens de Mandela 1, 2 e 3, minhas considerações aos presidentes e presidentas de Associações de Moradores, aos parceiros e parceiras dos equipamentos do DSUP, Biblioteca Parque de Manguinhos, Casa da Mulher, CRJ, Clínicas de Família, Oficina do Rato, a boa e deliciosa comida de Dona Lina e sua filha/neta Deborah, a Patrícia com as Mulheres de Atitude, a dona Geralda da Paz, o Padre Gegê, Simone dos Anjos, Maria Lúcia, amigos e amigas, conhecidos como Chico do Samora Machel, a Graciara da Silva, a Norma, Gabu - um professor de artes marciais/Judô que está descobrindo talentos em Manguinhos... enfim, a tantos e tantas, o meu muito obrigada por terem permitido participar do convívio de vocês.

Mas, fiquem sabendo de uma coisa, é necessário que fique registrado, saio desta função, deste espaço, mas não da vida de vocês: ou seja, vocês jamais sairão de minha vida.

Sandra Martins
jornalista

Programação Especial na Semana da Criança

Teatro, música, contação de histórias, brincadeiras, muita conversa, mímica, palhaçaria, enfim, estas são algumas das atividades que a Biblioteca Parque de Manguinhos está oferecendo no mês das crianças, outubro.

Atividade de Mediação de Leitura no  no hall do cine teatro, culminando com curtas na Ludoteca. Esta atividade acontce no dia 08/10 às 15h com Maria Antonieta. A sessão Cinema com Pipoca Especial para a Semana da Criança acontece no dia 09, quarta-feira, às 16h, com o filme Valente: Animação/ Aventura de Mark Andrews, Brenda Chapman com duração de uma hora e um pouquinho.

O filme trata de uma jovem princesa Merida foi criada pela mãe para ser a sucessora perfeita ao cargo de rainha, seguindo a etiqueta e os costumes do reino. Mas a garota dos cabelos rebeldes não tem a menor vocação para esta vida traçada, preferindo cavalgar pelas planícies selvagens da Escócia e praticar o seu esporte favorito, o tiro ao arco. Quando uma competição é organizada contra a sua vontade, para escolher seu futuro marido, Merida decide recorrer à ajuda de uma bruxa, a quem pede que sua mãe mude. Mas quando o feitiço surte efeito, a transformação da rainha não é exatamente o que Merida imaginava...

Agora caberá à jovem ajudar a sua mãe e impedir que o reino entre em guerra com os povos vizinhos.

Ah, há como sempre, um delicioso circuito de atividades físicas no dia 10, quinta-feira, às 14h - Totó e ping-pong no hall do cineteatro.

E no dia 11, sexta-feira, haverá a festa de encerramento da Semana da Criança, às 14h com Roda de Capoeira do Mestre Mosca, às 15h, será a vez da apresentação dos Malabaristas do Grupo Coletivo Camaleão, às 16h, o encerramento se dará com um delicioso lanche.

O Palhaço, a Mala e a boneca - A esquete conta a história de uma boneca que foi abandonada em uma mala, o palhaço acha essa mala e mesmo curioso não tem coragem de abrir, resolve tocar uma musica quando se depara com a boneca viva dançando, leva um susto e eles começam a discutir quem é a boneca e da onde ela veio. A boneca conta que foi abandonada, e com pena dela o palhaço começa a jogar malabares e fazer brincadeiras com ela para que ela não fique mais triste, eles competem para ver quem é o melhor, mas no final percebem que são melhores juntos e não sozinhos, assim eles firmam uma parceria de amizade.

Conta Você...Contação de Histórias em que podemos reviver a infância, as brincadeiras, costumes e o que as crianças mais gostam de fazer, nos dias 15, 22 e 29/10 (terças) às 13h30 e 17h

Encontro com o a autora Janilda Pinheiro, dia 18/10, às 15h. Ela é uma contadora desde os 13 anos, desempenha trabalho social em várias comunidades.

Roda de Leitura - Durante o mês de outubro, serão trabalhados livros que tenham como referência o universo infantil. Nos dias: 16, 23 e 30/10 (quartas), às 11:30

Revirando o Lixo- Transformando Lixo em Brinquedo - É uma oficina de reciclagem e conscientização ambiental. As crianças criam, reformam e customizam objetos e brinquedos com sucata e aprendem noções básicas de como cuidar melhor do meio ambiente. Nos dias: 16, 23 e 30/10 (quartas), às 17h

Fauna e Flora - A oficina de plantio tem como objetivo fazer com que as crianças tenham contato com a terra, proporcionando experiências sensoriais, e o cultivo de culturas agrícolas e espécies florestais, reaproveitando material reciclável para utilizar como recipientes para as mudas e classificação e diferenciação dos grupos de animais existentes no planeta. Nos dias: 17, 24 e 31/10 (quintas), às 13h30.

Pintando o Sete - Oficinas de artes visuais. As crianças conhecerão os quadros do pintor e escultor pernambucano Romero Brito. Nos dias: 17, 24 e 31/10 (quintas), às 11h e 18h

Hora do Livro - Dentro da temática proposta, um livro é eleito “O Livro do Mês” e é trabalhado com as crianças através da leitura, identificação de seus elementos textuais e atividades lúdicas, que surjam a partir do desdobramento de seu conteúdo. O livro do mês de Outubro é do autor e ilustrador Mauricio Veneza “Crianças da Amazônia”. Nos dias: 15 e 22 e 29/10 (terças), às 11h30mim

Poetizando - As crianças são apresentadas à linguagem poética, através de leituras de poemas, jogos de linguagem, criação de poemas visuais, texto-imagem... Serão trabalhados poemas de Vinícius de Moraes nos dias 18 e 25/10 (sextas) às 11h.

Teatralizando - As crianças são incentivadas a dramatizar histórias e praticar jogos teatrais, além de serem apresentadas aos elementos cênicos e ao universo teatral. Oficina de teatro fechada para participantes inscritos. Nos dias: 18 e 25/10 (sextas), às 14h

Hora do Jogo - Oficinas de jogos de tabuleiro e jogos intelectivos, que desenvolvem a atenção, percepção, e construção de estratégias. Nos dias: 18 e 25/10 (sextas), às 15h30min.

Pais e Filhos - Os pais, avós, tios ou acompanhantes mais velhos são incentivados a manusear os livros, apresentá-los e contar histórias para os pequenos. Nos dias: 12, 19 e 26/10 (sábados,) às 14h

Construindo minha história - Toda quinta às 15h30 - “Construindo minha história” é um grupo destinado a crianças de 07 a 12 anos, com objetivo de construir um livro a partir da história de cada um. É um espaço para que cada um possa falar e se encontrar com o seu dia a dia e, a partir da circulação da palavra, do desenho, do recorte, da colagem e da escrita, construir sua história, seu passado.

O NAV - Núcleo de Atenção à Violência é uma OSCIP que trabalha com crianças, adolescentes e autores de agressão envolvidos em situações de violência doméstica e risco social. Está realizando através da Secretaria de Estado de Cultura, o Projeto "Lugar de Livro, Lugar de Palavra" nas Bibliotecas Parque de Manguinhos e Rocinha e na Biblioteca Pública de Niterói. Site: www.nav.org.br

Homenagem aos Professores

A Biblioteca Parque de Manguinhos comemora o Dia do Professor, 15/10, com atividades lúdicas e relaxantes: 16 (quarta-feira), às 16h30, o Cineteatro/ Hall do Cineteatro uma celebração homenageando os docentes. O evento abrirá com uma série de depoimentos falando sobre mestres queridos, logo após o microfone estará livre para quem quiser fazer sua própria homenagem. A seguir, haverá uma apresentação do Conjunto de Música Antiga da Universidade Federal Fluminense, UFF. O grupo toca músicas da Idade Média com instrumentos típicos da época. Ao final da apresentação, o público assistirá a etapa final do concurso Poetizando, na qual serão apresentados e premiados os três primeiros colocados. Após a premiação, todos serão convidados para um lanche no Hall do Cinetatro, onde também haverá leitura de poesia e distribuição de canudos poéticos.

E no dia 19/10, sábado, será a vez da apresentação do Coro de Câmara da Escola de Música Villa-Lobos, às 17h, no Cineteatro. O Coro é regido pelo maestro José D’Assumpção e preparação vocal de Flávia Rubatino, grupo polifônico de aproximadamente 20 pessoas apresentará um repertório eclético e extenso, abrangendo peças de diferentes estilos, épocas e idiomas. Ao longo de seus oito anos de história, o coro já realizou várias apresentações e concertos, tendo destaques os ocorridos na Sala Cecília Meireles, Teatro João Caetano,Teatro Municipal e Igreja da Candelária.

Mostra Quilombo Incena e Fórum Baiano de Cinema Comunitário

Palhaçaria é com As Marias da Graça


A parceria entre a Casa da Mulher, a Biblioteca Parque de Manguinhos e o grupo teatral “As Marias da Graça” tem possibilitado a continuidade da Oficina de Comicidade Feminina.

Nas oficinas, realizadas sempre às terças-feiras (8, 15, 22 e 29 de outubro), às 14h, a proposta é proporcionar aos participantes conhecimentos sobre a arte da palhaçaria, incentiva a expressão de sua realidade e a superação das diversas situações cotidianas que interferem sobre a violência contra a mulher.

O projeto acontece nas dependências da Biblioteca Parque de Manguinhos na Rua Dom Helder Câmara, Dsup, atrás do Colégio Estadual Compositor Luis Carlos da Villa.


Veja mais informações na página eletrônica www.asmariasdagraca.com.br

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

3º Prêmio Abdias Nascimento bate recorde de inscrições em 2013

Os vencedores serão conhecidos na grande festa de premiação, em novembro, no Rio de Janeiro
Mais de 300 jornalistas se inscreveram para o 3º Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, que encerrou inscrições em agosto. Disputam R$ 35 mil em prêmios jornalistas dos principais veículos de comunicação do país, como O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Jornal A Tarde, Diário de Pernambuco, Revista Istoé, Carta Capital, SBT e TV Record, além de portais como G1, Terra e Agência Brasil (EBC).
O Prêmio teve adesão de profissionais de todas as regiões do país, sendo que a maioria das inscrições é do Sudeste (50%) e do Nordeste (19%). A novidade este ano é o aumento da participação de jornalistas de veículos de imprensa do Norte (9%) e do Centro-oeste (17%). O Sul corresponde a 5% dos/as inscritos/as.
“Os indicadores refletem o envolvimento das Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojiras) dos respectivos sindicatos. Elas estimularam a cobertura étnico-racial e da diversidade brasileira por meio da divulgação do concurso”, avalia Sandra Martins, coordenadora desta edição. Ela lembra que, com apoio das Cojiras, o Prêmio chegou, pela primeira vez, em Manaus (AM), Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS).
Os/as inscritos/as disputam as categorias Mídia Impressa, Internet, Televisão, Rádio, Fotografia e Mídia Alternativa/Comunitária, além da Categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros.  Os três finalistas, de cada categoria, serão anunciados em outubro e os vencedores serão conhecidos em grande noite de premiação no Teatro Oi Casa Grande, em novembro, no Rio de Janeiro.
Prêmio Abdias Nascimento é uma realização da Cojira-Rio, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) e conta com apoio das Cojiras que atuam no Distrito Federal, São Paulo, Alagoas, Paraíba, Bahia, Mato Grosso e do Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros (RS).
Informações: (21) 3906-2450
Fale conosco: mailto: premioabdiasnascimento@gmail.com
Realização: Cojira-Rio /SJPMRJ
Patrocínio: Ford Foundation, Fundo Baobá e Oi
Parceria: Fenaj, Ipeafro, UNIC-Rio, Cultne e Sated
Apoio: W. K. Kellogg Foundation, Fundação Palmares e ANPR

Mulheres negras e mestiças são maioria no tráfico sexual

Por Ana Alakija
Editor-in-Chief,
alaionline.org.br
Washington (Estados Unidos) – ” Ele pegava bastões de madeira e me batia; eu pensava que ele me amava, mas ele me batia assim como batia em todas as meninas da sua casa; eu simplesmente não conseguia me levantar e ir embora . . . Ele me ameaçava com a minha família … Eu tinha medo de me machucar , então eu ficava ” .
O alto-falante , que reproduz a sua estória em  que ela conta como conheceu seu cafetão quando tinha 11 anos de idade , é visto na sombra para proteger sua identidade . Mas você pode ver que  a garota é negra , e parece ainda muito jovem .
Esse é um dos relatos que a  jornalista Jenée Desmond-Harris, redatora doThe Roots faz,  durante cobertura  da Conferência Legislativa Anual da Fundação  Congressional Black Caucus sobre a Escravidão Moderna  e o Tráfego Sexual, realizada no Centro de Convenções de Washington.
Essa garota não é a única que se encaixa nessa descrição, diz ela. Em outro segmento de um vídeo no YouTube projetado em uma telão está “Erika.” Ela diz que tinha 13 ou 14 anos , quando foi atraída para a prostituição forçada . “Eu parecia um menino , muito fina, muito subnutrida. Eles nos avisavam que as pessoas estavam vindo no John’s,  para nos comprar . Eles sabiam que eu era uma criança “.
Quando a tela fica escura, April Jones , a moderador das duas horas  de conversa com especialistas sobre o tráfico humano, expressa o que muitos na sala estão questionando.
” A coisa que eu notei mais sobre o vídeo “, diz ela , “é que todas falavam um inglês perfeito . Todo mundo daqui, deste país. Isso não é algo que aconteceu há centenas de anos . Está acontecendo aqui e agora. ”
“É claro  que isto é escravidão”. Do ponto de vista do palestrante, o embaixador Luis CdeBaca , diretor do Escritório do Departamento de Estado para Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas, chamar isso de qualquer outra coisa é um eufemismo tão esquivo como os anteriores da história americana como ” servidão ” ou “nossa peculiar instituição “.
Atualmente , diz ele, as vítimas são diversas. “É uma mulher tirada da sua casa para outro país com a promessa de um bom trabalho. é um homem recrutado para trabalhar em um barco de pesca,  e, uma vez que a terra é fora de vista, é forçado a trabalhar 20 horas por dia, depois de comer a isca, raptado pelo operador do navio. ”
Nos Estados Unidos , quando se trata de escravidão sexual , é comum gostarem de meninas como Erika .
A especialista Malika Saadar Sar é um heroina da comunidade anti- tráfico por seu trabalho com o Projeto de Rebecca para os Direitos Humanos . Ela trabalhou para acabar com os anúncios Craigslist que anunciavam a venda de crianças para o sexo. “As pessoas vendidas para o sexo neste país são crianças norte-americanas e são desproporcionalmente negras e mestiças”, diz ela . “Elas estão com idade de irem para a escola, entre  12 e 13 anos . ”
Desmond-Harris levantou que ,de acordo com o mais recente relatório do FBI sobre o assunto, 83 por cento das vítimas de casos de tráfico sexual confirmados foram identificados como cidadãos americanos . Quarenta por cento das vítimas e 62 por cento dos suspeitos do crime eram negros.
Em alguns lugares , a distribuição demográfica é ainda mais dramática , como em Houston. A jurisdição do painel da anfitriã Rep. Sheila Jackson -Lee é o que ela chama de ” hub ” da escravidão sexual. De acordo com a palestrante Ann Johnson, Harris County, Texas, procuradora e especialista em tráfico de seres humanos , na distribuição etno-gráfica das vítimas há ” cerca de 55 afro-americanas, 25 latino-americanos e 20 brancos. ”
Em  casos individuais, abuso e pobreza em casa podem se combinar para tornar as garotas – muitas vezes fugitivas – vulneráveis ​​aos homens que eles vêem como o capital humano, diz Johnson. Assim como, muitas vezes, diz Saadar Sar, elas são vitimadas quando alcançam certa idade e ficam fora do sistema de assistência social do Estado.
Em outras palavras, como elas são mantidos contra a sua vontade, muitas vezes submetidas à  tortura, ganhando dinheiro para cafetões através do sexo forçado, ninguém se incomoda com elas.
A reportagem diz aindaque existe um fator ainda mais insidioso que todos esses juntos. É aquele que faz com que as vítimas sintam que a procura de ajuda é inútil, de acordo com CdeBaca. “É a idéia de que a criminalidade na comunidade hispânica, na comunidade negra, não é para ser levado tão a sério. Porque é um mundo em que a lei não chega,  a decisão é tomada pelos traficantes”.
Desmond-Harris relata ainda que essas questões, além de um compromisso de longa data do Congressional Black Caucus, como uma voz no Capitólio para os mais vulneráveis ​​de qualquer lugar, são levantadas por Jackson-Lee, que  diz que pôr fim ao tráfico de pessoas é uma parte natural da missão do grupo deafro-americano eleitos.
“Quero ser clara que a escravidão moderna, que envolve sexo,  é tão devastadora quanto a escravidão que estamos mais familiarizados,” ela disse ao The Root.
Em 8 de março de 2013, o presidente Barack Obama assinou uma lei que renova ferramenta mais importante do país para combater a escravidão moderna, a Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico.
Lee diz que não é o suficiente.
“Precisamos de uma legislação específica – aplicação de lei local, estando alerta para as questões de tráfico de seres humanos em estados e jurisdições localizadas. Precisamos da aplicação da lei, para que possamos evitar isso”, disse ela.
Para Saadar Sar o esforço é desesperador. “Muitas dessas meninas são as tetra-netas daqueles que foram escravizados durante a primeira parte da nossa história”, diz ela. “Nós temos que fazer o trabalho de construção de estradas de ferro de metro de distância a partir desta nova forma de escravidão.” 
Fonte: The Root.

ENSP monitora plano de Tuberculose e Aids no Estado do Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro pactuou com as 92 Secretarias Municipais de Saúde um plano de ação para o enfrentamento do cenário de tuberculose e Aids no Estado do Rio de Janeiro. O esforço busca capacitar profissionais de saúde, aumentar o diagnóstico precoce e melhorar índices de controle, no caso da tuberculose, e promover melhor adesão ao tratamento no caso das pessoas que vivem com HIV/Aids. A Escola Nacional de Saúde Pública, por meio do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF) e do Observatório Tuberculose Brasil (OTB), realizará o monitoramento e avaliação (M&A) da estratégia divulgada pelo governo do estado.

As ações previstas na pactuação com as Secretarias Municipais preveem o prazo de 15 dias para o resultado dos exames de HIV e consultas em até 7dias para pacientes com resultado positivo da doença. No âmbito estadual, o governo do Rio vai ampliar acesso a ambulatórios para tratamento da Aids. A iniciativa também prevê a reforma de hospitais-referência no atendimento de pacientes com tuberculose, com ampliação de leitos de UTI, realização de cirurgias torácicas e aumento do número de leitos para pacientes com tuberculose multirresistente.

As ações de monitoramento e avaliação que a ENSP realizará serão coordenadas pelo chefe do CRFPH/ENSP, Miguel Aiub, e pelo coordenador técnico da área de tecnologia social do Observatório TB Brasil, Carlos Basilia.

O Observatório Tuberculose Brasil (OTB/ENSP) pretende desenvolver ações em advocacy communication and social mobilization (ACMS) e monitorar os indicadores sociais e epidemiológicos relacionados à tuberculose. As ações estão de acordo com as Metas de Desenvolvimento do Milênio,estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e contam com ativa participação de movimentos sociais no que se refere à execução dos compromissos assumidos oficialmente pelas três esferas de governo.
Tuberculose - números
O Rio de Janeiro apresenta hoje a maior incidência de tuberculose do país. De acordo com dados preliminares, o estado registrou 14.039 casos da doença em 2012 — em torno de 15% do total. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é o 17º país com maior incidência de tuberculose entre os 22 de alta carga.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, para considerar a tuberculose uma doença sob controle, a taxa de incidência não deve ultrapassar cinco casos em cada 100 mil habitantes — atualmente, em todo o estado, a taxa é de 68,7 para cada 100 mil habitantes.

Das notificações realizadas no Estado do Rio (14.039) em 2012, 11.149 ou 79, 41% se referem a casos novos da doença. O Rio também concentra a maior parte dos casos em pacientes que apresentam resistência à medicação usada no tratamento. Entre os 14.039 casos de tuberculose no estado, 954 se referem a pacientes que retomaram o tratamento depois de abandoná-lo. De 2009 a dezembro de 2012, 33 municípios fluminenses diagnosticaram 551 pacientes resistentes.

Não por acaso que o estado é o que apresenta as maiores taxas de incidência da doença. Segundo o Censo de 2010 realizado pelo IBGE, o RJ concentra 96% de sua população em áreas urbanas e tem densidade demográfica de 368 habitantes por km², quando, no Brasil, a média é de 22,4 habitantes por km².
HIV/Aids - números

Entre os pacientes soropositivos, a prevalência de tuberculose é de 15%. A doença respiratória já é a principal causa de 20% das mortes em pacientes portadores de HIV em todo o país, segundo o Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que o Brasil tenha atualmente mais de 655 mil pessoas vivendo com HIV/Aids. No Estado do Rio de Janeiro, foram registrados 92.178 casos de Aids, no período entre 2000 e 2012.

Em todo o estado, 30% das gestantes com a doença não usaram antirretrovirais no parto, o que poderia evitar a contaminação vertical, e 24% só souberam que eram soropositivas durante a gestação. 

Chacina do PAN

Dia 22 de outubro, terça-feira, José Rodrigues de A. Filho, autografa seu livo "Chacina do PAN" no Espaço Cultural Multifoco na Lapa, a partir das 18h. 
O livro foi produzido a partir de sua dissertação de mestrado defendida, em 2010, no Programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense.
A partir do acontecimeno “Chacina do PAN”, analisamos: a) como se dá, hoje, na cidade do Rio de Janeiro, a produção de vidas descartáveis; b) como a cobertura de veículos de comunicação de grandes corporações midiáticas cobriram e apoiaram a Chacina no Complexo do Alemão; c) que processos de subjetivação são estes que vêm sendo produzidos e que corroboram na produção do medo e da insegurança e, também, em aplausos e apoios a políticas de repressão e extermínio das populações pobres.

O livro é fruto de inúmeras leituras, encontros, movimentos, percursos e outros tantos atravessamentos. Mas ele é o efeito, também, de muitos sonhos, estranhamentos e desejos de mudança. Encaramos fazer este livro como um ato de resistência.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Concurso de Miss Brasil:Priscila Cidreira, da Bahia, em 3º lugar, uma linda mulher negra!!!

No concurso Miss Brasil 2013, Priscila Cidreira, 22 anos, que representou a Bahia, ganhou em terceiro lugar. Ela foi a única negra a chegar entre as dez finalistas.  

Janaína Barcelos, de 25, de Minas Gerais, e em primeiro lugar, foi Jakelyne Oliveira, 20 anos, de Mato Grosso.

As três ganharam uma viagem para Riviera Nayarit, no México. A final do concurso contou com as candidatas de cinco estados. Além de MT, BA e MG, estiveram perto do título as belas do Paraná e de São Paulo. A primeira colocada, Jakelyne Oliveira, ganhou um vestido de gala e um carro zero km.

A prova do Miss Brasil contém várias etapas de seleção até se chegar à grande vencedora. Entre as 28 concorrentes de cada estado, o júri técnico selecionou 14 delas, e internautas elegeram uma das concorrentes. Em seguida, um júri artístico escolheu 10 semifinalistas: Bahia, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe,