quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Especialização: diáspora africana

Vai até o dia 28 de outubro o prazo de inscrições para uma das 20 (vinte) vagas para o Curso de Especialização Lato Sensu em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-Brasileira no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ - Campus São Gonçalo.

As exigências são: inscrições feitas somente através do site http://www.ifrj.edu.br/ / Seção de Concursos; ter concluído a graduação, preferencialmente nas áreas relacionadas à Educação; e, pagar a taxa de R$ 70,00.

Informaçōes adicionais:
Email: spg.csg@ifrj.edu.br
Tel: (21) 2628-0099
Campus São Gonçalo do IFRJ

Beth do Casa Viva no Prêmio Betinho

Esta é uma notícia bacana de ser divulgada. Manguinhos tem uma forte candidata ao Prêmio Betinho - Atitutode Cidadã (www.coepbrasil.org.br/premiobetinho). Antes de pedir seu voto, é bom conhecer um pouco da história desta mulher-guerreira. Candidata da Fiocruz, Beth do Casa Viva, ou melhor Elizabeth Campos Silva, nascida no Rio de Janeiro, atua no Complexo de Comunidades de Manguinhos, que ocupa o 155º lugar em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), dentre os 161 bairros da cidade do Rio de janeiro. O Complexo, com cerca de 55 mil habitantes, é formado por 13 comunidades, onde há um grande contingente de jovens na fronteira entre a desocupação pura e simples, o subemprego ou desemprego e a influência do tráfico.

A trajetória social de Elizabeth começou com sua formação no curso de promotora legal popular, promovido pela ONG Criola, que trabalha com direitos humanos, gênero e raça. Atualmente, Elizabeth é coordenadora do Espaço Casa Viva/ Redeccap, que atende a crianças, jovens e famílias em vulnerabilidade social. Dentre os projetos desenvolvidos pelo Espaço, destacam-se: o Escola de Música de Manguinhos, Biblioteca Casa Viva, Oficina Portinari, Núcleo de Comunicação, Reforço da Aprendizagem e Oficina de Inclusão Digital. Integra também o Escritório Multiprofissional da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fiocruz, incentivando o protagonismo e o desenvolvimento local.

Em 2005, realizou o projeto Caminho da Paz, estimulando o sentimento de pertencimento das comunidades de Manguinhos à cidade do Rio de janeiro. O projeto acabou envolvendo as autoridades e a população numa campanha de não criminalização dos moradores e mostrou a necessidade de investimento em serviços de saúde, educação e saneamento básico nas comunidades envolvidas.

De 2004 a 2008, Elizabeth acompanhou, como agente redutora da violência, casos de violência intrafamiliar, no Programa Saúde da Família. Também ajudou a implementar o Grupo de Mulheres Especiais em Manguinhos, que hoje virou o projeto Rede de Mulheres muito Especiais, implementado em parceria com a Fiocruz e a Universidade Veiga de Almeida.

Elizabeth participou, ainda, de vários outros projetos voltados a jovens e adolescentes das comunidades, como o Agente Jovem, Jovens Urbanos e o Amigos da Comunidade.

Acesse a página www.coepbrasil.org.br/premiobetinho e vote em Elizabeth Campos Silva.

Conferência Estadual de Juventude

Alô galera!!!

Quem quiser participar da 2ª Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude, entre os dias 28 e 30 de outubro, tem até o dia 21 para se inscrever por meio do blog  http://conferenciajuventuderio.blogspot.com/, como observadores(as) ou como convidado(a)s, as duas modalidades com direito a voz.

De acordo com Fransérgio Goulart, os delegados/as "de nossa articulação do Fórum de Juventudes - RJ já se encontram inscritos pela Coordenadoria Municipal de Juventude", por terem sido eleitos na Conferência Municipal.

Samora Machel: da independência de Moçambique à comunidade de Manguinhos

Um grande herói da luta pela dignidiade e independência do povo moçambicano dá nome à uma da scomunidades de Manguinhos.
O artigo abaixo é uma contribuição forte e singela para o mês da Consciência Negra, indicação de um leitor deste blog.
Só temos a agradecer...
Mas, vamos à leitura e aos comentários...

XXV aniversário da morte do Presidente da República de Moçambique Samora Machel, um imprescindível

Miguel Crispin Sotomayor
Rebelión

"Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há alguns que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há aqueles que lutam toda a vida, esses são imprescindíveis."
                                                                                    Bertolt Brecht

Este ano marca o vigésimo quinto aniversário da morte de Samora Machel, que ocorreu em 19 de outubro de 1986 em um acidente de avião suspeito. Quando ele morreu, ocupava o cargo de Presidente da República de Moçambique e Presidente do Partido da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).

Um homem de origem muito humilde, nascido em uma cabana, como a grande maioria dos seus compatriotas. Desde cedo teve um papel significativo na luta de guerrilha contra o colonialismo Português, tornando-se o cabeça dele e líder de todo o povo na luta pela independência; como Presidente da República, depois de 500 anos de exploração e humilhação colonial, aplicou medidas de caráter socialista que beneficiaram o povo pobre de Moçambique, elevando sua auto-estima e, também, mobilizando-o, com seu carisma e integridade moral e política, para a construção de uma nova sociedade.

Samora Machel era um antiimperialista, um internacionalista, que deu apoio à luta dos diversos movimentos revolucionários e abrigou muitos dos perseguidos pelas ditaduras militares da América Latina.

No período 1978-1980 tive a chance de vê-lo de perto em várias ocasiões. Internacionalistas cubanos, que serviram como assessores técnicos do Ministério da Agricultura, residíamos em um prédio dentro da área de escritório, em frente ao Palácio Presidencial, na travessia de uma rua. Uma grande honra para aqueles que residiam ali, uma grande demonstração de confiança.

Durante esses anos, eu estava em eventos de massa nos quais ele interveio, ouvi muitas vezes a sua "Canimambo Canimambo FRELIMO", e encontra sua comunicação extraordinária com o povo e esta com ele.

Além disso, tive a oportunidade de visitar as cidades, vilas e aldeias em todas as províncias e notei que Samora gozava de grande popularidade, era altamente respeitado e amado. Sua morte foi uma perda irreparável para o movimento revolucionário do Terceiro Mundo e em particular na África. O povo moçambicano perdeu seu líder e com ele as esperanças de uma vida melhor, porque seu legado ainda está para ser cumprida. Revolucionários cubanos perderam um camarada de armas, irmão.

Samora Machel é aquele que Bertolt Brecht chamou de "imprescindível".

Fonte: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=137774