quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Samora Machel: da independência de Moçambique à comunidade de Manguinhos

Um grande herói da luta pela dignidiade e independência do povo moçambicano dá nome à uma da scomunidades de Manguinhos.
O artigo abaixo é uma contribuição forte e singela para o mês da Consciência Negra, indicação de um leitor deste blog.
Só temos a agradecer...
Mas, vamos à leitura e aos comentários...

XXV aniversário da morte do Presidente da República de Moçambique Samora Machel, um imprescindível

Miguel Crispin Sotomayor
Rebelión

"Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há alguns que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há aqueles que lutam toda a vida, esses são imprescindíveis."
                                                                                    Bertolt Brecht

Este ano marca o vigésimo quinto aniversário da morte de Samora Machel, que ocorreu em 19 de outubro de 1986 em um acidente de avião suspeito. Quando ele morreu, ocupava o cargo de Presidente da República de Moçambique e Presidente do Partido da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).

Um homem de origem muito humilde, nascido em uma cabana, como a grande maioria dos seus compatriotas. Desde cedo teve um papel significativo na luta de guerrilha contra o colonialismo Português, tornando-se o cabeça dele e líder de todo o povo na luta pela independência; como Presidente da República, depois de 500 anos de exploração e humilhação colonial, aplicou medidas de caráter socialista que beneficiaram o povo pobre de Moçambique, elevando sua auto-estima e, também, mobilizando-o, com seu carisma e integridade moral e política, para a construção de uma nova sociedade.

Samora Machel era um antiimperialista, um internacionalista, que deu apoio à luta dos diversos movimentos revolucionários e abrigou muitos dos perseguidos pelas ditaduras militares da América Latina.

No período 1978-1980 tive a chance de vê-lo de perto em várias ocasiões. Internacionalistas cubanos, que serviram como assessores técnicos do Ministério da Agricultura, residíamos em um prédio dentro da área de escritório, em frente ao Palácio Presidencial, na travessia de uma rua. Uma grande honra para aqueles que residiam ali, uma grande demonstração de confiança.

Durante esses anos, eu estava em eventos de massa nos quais ele interveio, ouvi muitas vezes a sua "Canimambo Canimambo FRELIMO", e encontra sua comunicação extraordinária com o povo e esta com ele.

Além disso, tive a oportunidade de visitar as cidades, vilas e aldeias em todas as províncias e notei que Samora gozava de grande popularidade, era altamente respeitado e amado. Sua morte foi uma perda irreparável para o movimento revolucionário do Terceiro Mundo e em particular na África. O povo moçambicano perdeu seu líder e com ele as esperanças de uma vida melhor, porque seu legado ainda está para ser cumprida. Revolucionários cubanos perderam um camarada de armas, irmão.

Samora Machel é aquele que Bertolt Brecht chamou de "imprescindível".

Fonte: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=137774

2 comentários:

  1. Acho que vocês deveriam fazer mais matérias sobre o período da repressão no país, a época do comunismo, porque isso reflete na nossa política hoje.
    Darcília

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  2. Acho que vocês poderiam colocar mais matérias sobre os personagens que lutaram pela igualdade racial, pela justiça, pelo ser humano. Há uma carência de investimento no ser humano. Há muita demagogia, e gostaria muito de sentir sinceridade neste investimento total, no cidadão, na pessoa humana, no ser humano enquanto ser que vive em comunhão com o outro, em comunidade. Hoje em dia o ser humano vivem muito dentro dele mesmo, é muito egocentrismo. As pessoas vivem em sociedade, ninguém vive sozinho, temos que aprender a viver pelo/com/para o coletivo. Darcília

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