
Todos consumimos "moda" - do velho e bom jeans, dos esmaltes, dos perfumes, dos dentifrícios, dos tênis, etc. etc. - enfim, dos produtos que são criados para nosso consumo, como os cigarros que apesar de não serem "sucesso", não saem das bocas e pulmões, ou mesmo dos jornais e revistas que mostram uma "cara" que não é a nossa - preta, bolachuda, sarará, de traços diversos como dos nômades ciganos, da majestade das iabás ou dos descendentes dos iorubas ou curumins.
Para uns, é divisionismo. Mas, não é. É, somente, perceber que se os dedos das mãos são desiguais e juntos lavam o corpo, porque não respeitar as diferenças para que juntos possamos crescer viçosos e fortes para combater as iniquidades de todas as espécies.
No campo da saúde, da construção de ciências e políticas públicas, o racismo nosso de cada dia que impede o diálogo entre os diferentes e a percepção de que há um verdadeiro genocídio da juventude masculina negra: assuntos que foram debatidos no 2º Seminário de Saúde da População Negra na ENSP.