Todos consumimos "moda" - do velho e bom jeans, dos esmaltes, dos perfumes, dos dentifrícios, dos tênis, etc. etc. - enfim, dos produtos que são criados para nosso consumo, como os cigarros que apesar de não serem "sucesso", não saem das bocas e pulmões, ou mesmo dos jornais e revistas que mostram uma "cara" que não é a nossa - preta, bolachuda, sarará, de traços diversos como dos nômades ciganos, da majestade das iabás ou dos descendentes dos iorubas ou curumins.
Para uns, é divisionismo. Mas, não é. É, somente, perceber que se os dedos das mãos são desiguais e juntos lavam o corpo, porque não respeitar as diferenças para que juntos possamos crescer viçosos e fortes para combater as iniquidades de todas as espécies.
No campo da saúde, da construção de ciências e políticas públicas, o racismo nosso de cada dia que impede o diálogo entre os diferentes e a percepção de que há um verdadeiro genocídio da juventude masculina negra: assuntos que foram debatidos no 2º Seminário de Saúde da População Negra na ENSP.
Doloroso é saber que dos jovens assassinados entre 10 e 25 anos, em vários estados, como Alagoas, 48% são negros, em grande parte de baixa escolaridade e moradores de áreas periféricas. Mas, também morrem negros profissionais liberais, como o dentista paulista Flávio morto pela policia paulista, há 5 anos, "confundido" com um bandido perigoso. Mesmo desarmado, tentando mostrar seus documentos e explicando porque estava no aeroporto internacional, o rapaz foi assassinado e apresentado como um marginal, pois portava arma e drogas. Só que seu pai, ex-policial militar, que certamente, durante exercício de suas funções possivelmente deva ter feito uso do "kit bandido" - arma e drogas plantados no corpo da vítima. O pai do jovem dentista denunciou esta prática usualmente difundida na área de segurança pública.
Enfim, racismo é racismo, as estratégias e metodologias é que vão se aprimorando.
Mas vejam o vídeo.
Publicado em 09/11/2012 por afpbr
A grife brasileira OEstudio foi uma das poucas marcas a apresentar sua coleção inverno 2013 com modelos de etnias diferentes. A questão do racismo acabou surgindo na 22ª edição da Rio Fashion Week, após um protesto da ONG Educafro. No Brasil, mulatos e pardos são maioria, mas não aparecem em número significativo nas passarelas.
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