Ano Internacional dos Afrodescendentes



A imprensa negra surge antes da Abolição da Escravidão em 1888.
Paula Brito em 1831, no Rio de Janeiro, ao comprar sua Tipografia
Fluminense de Brito & Cia e Empresa Tipográfica Dois de Dezembro,
lança, em 1833, O Homem de Cor, depois denominado O Mulato
- primeiro jornal de combate à discriminação racial do país. 

Este ano, 2011, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou como o Ano Internacional dos Afrodescendentes. O objetivo deste destaque é fazer um chamamento aos Estados Membros, às organizações internacionais e não-governamentais, aos meios de comunicação, à sociedade civil e a todas as pessoas para que participem ativamente na promoção do Ano Internacional dos Afrodescendentes e combatam conjuntamente o racismo quando e onde ele surja.


A discriminação contra os afrodescendentes é prejudicial. Em geral, estão presos à pobreza devido à intolerância, e se utiliza a pobreza como pretexto para excluí-los ainda mais. Muitas vezes, eles não têm acesso à educação por causa dos preconceitos, e logo a instrução insuficiente é alegada como motivo para negar-lhes postos de trabalho. Essas e outras injustiças fundamentais têm uma longa e terrível história, compreendida pelo tráfico de escravos transatlântico, cujas consequencias são sentidas ainda hoje.



Há dez anos em Durban, na África do Sul, a Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Conexas de Intolerância aprovou um amplo programa de luta contra o racismo com visão de futuro em que figurava em destaque o fomento da plena participação dos afrodescendentes na sociedade. E, o Ano Internacional oferece a oportunidade de avançar neste combate e de reconhecer as vastas contribuições dos afrodescendentes ao desenvolvimento político, econômico, social e cultural de todas as nossas sociedades.



Daí termos tido no Brasil, e em outras partes do mundo, inúmeras iniciativas com foco na eliminação da discriminação e preconceito racial. Como ocorreu com o lançamento da primeira versão do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, por meio de sua Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), cuja cerimônia de premiação acontece no próximo dia 7 de novembro. 

Muitas foram as ações envolvendo ou enaltecendo a necessidade de se discutir abertamente a invisibilidade da produção do pensar, fazer, ouvir e falar de determinados segmentos da população brasileira. 



Sempre que possível, o Participação Cidadã estará divulgando ações e reflexões dos variados segmentos que, certamente, interessarão ao fomento de novos pensares no território de Manguinhos. Afinal, aqui como em qualquer parte do mundo, a afrodescendência se faz presente!!!