O governo do Rio de Janeiro assinou, no dia 13 de maio, sua adesão ao
Plano de Prevenção à Violência contra a Juventude Negra - Juventude Viva. Com a
assinatura do documento, o governo se compromete a preparar o estado para
receber as ações do Plano - executado pela Secretaria Nacional de Juventude, da
Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria com a Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
Na cerimônia, estiveram presentes:
governador Sérgio Cabral, ministra da Seppir, Luiza Bairros,
secretário-executivo da Secretaria-Geral, Diogo de Sant’ana, e os coordenadores
do Juventude Viva, Fernanda Papa (SNJ) e Felipe Freitas (Seppir), entre outras
autoridades.
Inicialmente, Juventude Viva foi implementado
no estado de Alagoas em setembro de 2012. Este ano o Plano será estendido a
pelo menos oito estados incluindo o Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo,
Bahia, Pará, Paraíba, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. O objetivo é
contemplar os 132 municípios que possuem os maiores índices de violência contra
jovens, sobretudo jovens negros, que são as principais vítimas de homicídios no
Brasil.
Segundo dados
do Plano, em 2010, 13 cidades do Rio de Janeiro apresentaram elevados índices
de mortalidade de jovens em decorrência de agressão e violência urbana: a
capital, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçú, São Gonçalo, Campos dos
Goytacazes, São João de Meriti, Itaboraí, Cabo Frio, Niterói, Volta Redonda,
Macaé, Magé e Angra dos Reis. Ao todo essas cidades, juntas, registraram 3.526
pessoas assassinadas, sendo que 53,56% eram jovens, com idade entre 15 e
29 anos, e 67,59% desse universo eram negros (pretos e pardos).
Sobre o
Plano - O Juventude Viva reúne um conjunto de ações
voltadas à juventude, envolvendo dez Ministérios, nas áreas de trabalho,
educação, saúde, acesso à justiça, cultura e esporte, entre outras. Em parceria
com os estados e municípios, o Plano oferece um pacote de políticas
sociais, que visam assegurar os direitos dos jovens e prevenir as
situações de violência física e simbólica, a partir da criação de oportunidades
de inclusão e autonomia; da oferta de equipamentos, serviços públicos e espaços
de convivência, priorizando os territórios que concentram os mais altos índices
de homicídio. O Plano é executado com a parceria dos governos estaduais e
municipais, além das entidades e movimentos da sociedade civil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário