Em meio a interminável onda de violência, a
juventude paulistana continuam a propor debates como o Percurso em Defesa pela Diversidade Cultural
- Juventude Periférica e seus desafios. Durante quatro dias – 13 a 16 de
junho – jovens de todas as idades se reúnem para debater a violência policial, remoções, a forma – em geral – opressiva da
presença do Estado em áreas periféricas, constituída de população pobre, em sua
maioria negra, desconstrução da violência, contrapontos ao modelo estabelecido.
Os encontros aconteceram em diferentes locais dentro da periferia:
União Popular de Mulheres/Agência Solano Trindade - Campo Limpo; Parque Santo
Dias / CDHEP - Capão Redondo e Circulo Palmarino em Embu das Artes. Participam
do evento jovens e mestres da comunidade de terreiro Ilê Omiojuaro.
Na tarde de quinta-feira, 13, o tema do diálogo foi sobre as Praças Digitais, na Praça do Campo do
Limpo, com a presença de Baltazar Honório, Henrique Heder, Sergio Amadeu, Simão
Pedro e Rodrigo Savazoni.
Na sexta, no Circulo Palmarino, Embu das Artes, foi a vez da festa Sexta Básica, edição junho, com o tema Contra a
redução da maioridade penal. Entre os diferentes grupos que se apresentaram, estavam: Banda Nego Veio, Baltazar Honório, Fino du Rap, Gaspar
(Z`Africa Brasil), Camila Trindade, Zinho Trindade e Nega Sandra.
Sábado, a ação ocorreu no Centro de Direitos Humanos e
Educação Popular do Campo Limpo - CDHEP, com a atividade Autonomia, lutas e tranças de diálogo, participação de Rafael
Mesquita - Agência Solano Trindade, Juninho - Circulo Palmarino, Mestre Aderbal
de Ashogun - Comunidade de terreiro Ilê OMIOJUARO e Juliana Kitanji - Juventude
Viva.
O encerramento do Percurso em Defesa pela Diversidade Cultural - Juventude Periférica e seus desafios hoje, domingo, 16, acontece no Parque Santos Dias (Rua José Viriato de Castro, s/n Campo Limpo), a
partir das 10h. Está prevista a definição da forma como as deliberações da
plenária serão encaminhadas, de forma articulada, em uma agenda de
trabalho comum que evidencie ações afirmativas em ralação ao extermínio da
juventude pobre, negra, periférica, combate a intolerância religiosa entre
outras questões inerentes a juventude brasileira.
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