domingo, 17 de junho de 2012

Movimentos Sociais na Rio+20: Pessoas com deficiência

O acesso das pessoas com deficiências na Rio + 20 traz expectativas positivas e realizações nem tão efetivas. Por exemplo, matéria publicada no site G1, segundo o diretor da área de conferência das Nações Unidas, Magnos Olafson, a Organização das Nações Unidas, este evento entrará para a história como o primeiro grande evento da ONU com ampla acessibilidade a portadores de deficiência física. Ele elogiou a estrutura de acesso e trânsito nos locais onde ocorrem eventos relacionados à Rio+20. “Nunca esperei que fariam tanto pela acessibilidade física como fizeram na Rio+20. Não apenas a questão da estrutura, mas também o transporte”, disse.

Entretanto... há críticas quanto a acessibilidade para surdos e deficientes visuais. Há falta do uso “sistemático” de linguagem para surdos nas palestras (linguagem de libras), e o fato de o site do evento, construído pela ONU, não ter mecanismos de acesso a deficientes visuais. “Os websites dos eventos precisam ser totalmente acessíveis, inclusive por pessoas com deficiências visuais. Também a linguagem para surdos não está sendo usada de forma sistemática”, afirmou.

Para o representante da ONU, Magnos Olafson, é de fundamental importância que seja feita avaliação riteriosa na questão da acessibilidade por servirem de teste e exemplo para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, grandes eventos esportivos a serem sediados no Brasil.

A secretária municipal do Rio de Janeiro para a pessoa com deficiência, Georgette Vidor, afirmou ser fundamental investir em capacitação para garantir a implantação de sistemas eficientes de acessibilidade a tempo da Copa. “O problema dos projetos é quem executa. Ou capacitamos essas pessoas com uma urgência ou não vamos conseguir transformar a cidade do Rio de Janeiro”, disse.

No sábado, 16 de junho, a equipe do blog Participação Cidadã esteve no Aterro do Flamengo, no tocante a questão da acessibilidade das pessoas com deficiência, observou alguns problemas bastante preocupantes:

- as pistas de trãnsito de acesso ao Aterro não foram fechadas, com trânsito intenso, o que causava apreensão para quem levava crianças ou cadeirantes;
- os cadeirantes não tinham acesso às tendas no parque;
- não foi observada nenhuma palelstra com tradutor de libras;
- os painéis com informações de localização das tendas não foram adaptados para as pessoas com deficiências visuais;
- não era incomum pessoas idosas cairem nas poças de lama em trechos do Aterro.

Como para garantir a vitória de um campeonato deve haver muito investimento, empenho e compromisso com os treinos, é de se supor que os gestores do nosso dinheiro público se comprometam efetivamente e com responsabilidade para com o que vão fazer para os próximos grandes eventos, sempre dialogando com a sociedade organizada, para evitar os "esquecimentos" e os "jeitinhos".

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