A coordenadora da mesa, Deborah Malta, destacou a importância de sistemas de informação para vigiar e melhorar a compreensão dos desdobramentos atuais deste padrão estrutural de violência no Nordeste brasileiro. Referiu-se principalmente à necessidade da vigilância viva para obter dados sobre eventos de violência, vítimas e agressores e ressaltou uma nova portaria do Ministério de Saúde universalizando a notificação obrigatória de eventos de violência.
A coordenadora do Claves/ENSP, Cecilia Minayo, alertou, com base num estudo de caso analisando quatro casos de municípios na Argentina e no Brasil em relação a suas taxas de homicídio, que taxas elevadas de homicídio podem estar associadas tanto à ausência como à consequência de ações do Estado.
As considerações dos debatedores e as intervenções do público sobre a temática das drogas se concentraram nomeadamente na questão do crack e nas drogas lícitas, pois, segundo eles, o consumo continua sendo estimulado de forma sistemática. No debate, destacou-se que, dada a complexidade do fenômeno e a heterogeneidade dos usuários, não pode existir uma receita única para enfrentar os desafios impostos pelo crack.
O foco dos debates sobre a violência constituiu o homicídio e, mais especificamente, os determinantes sociais e processos de determinação social dos homicídios na região do Nordeste, principalmente abordando e denunciando a violência contra a juventude negra nas periferias urbanas. Com base nos diagnósticos da situação atual e das experiências nos âmbitos políticos, científicos e sociais, apontaram-se ainda possíveis estratégias para reverter o alarmante quadro de violência e uso de drogas no Brasil.
*Flaviano Quaresma é jornalista da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
O foco dos debates sobre a violência constituiu o homicídio e, mais especificamente, os determinantes sociais e processos de determinação social dos homicídios na região do Nordeste, principalmente abordando e denunciando a violência contra a juventude negra nas periferias urbanas. Com base nos diagnósticos da situação atual e das experiências nos âmbitos políticos, científicos e sociais, apontaram-se ainda possíveis estratégias para reverter o alarmante quadro de violência e uso de drogas no Brasil.
*Flaviano Quaresma é jornalista da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
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