terça-feira, 1 de maio de 2012

CEENSP: crack - Para onde vamos?

O Centro de Estudos da ENSP (CEENSP) promove na quarta-feira, 2 de maio, às 14h, traz outro tema de fundamental importãncia na contemporaneidade: "Tendências da política de combate ao crack: para onde vamos?", que acontecerá no Salão Internacional no 4º andar.
O tema, em certa medida, vai ao encontro das aspirações dos moradores de Manguinhos, que estão lutando para o atendimento da Moção de Reinvidicações, fruto da Conferência Local de Saúde em Manguinhos, realizada em 6 de julho de 2011. Um dos pedidos foi a construção e implementação do Centro de Atenção Psicosocial (CAP). Na ocasião, eles apontavam o crescente aumento de pessoas com vícios em álcool e drogas. A demanda foi encaminhada à Conferência Distrital de Saúde, várias promessas foram feitas, mas de concreto, até agora, nada. 

No enconttro do CEENSP, estarão presentes: Lumena Furtado, Secretaria adjunta de Saúde de São Bernardo do Campo; Luiz Paulo Guanabara, pesquisador da ONG Psicotrópicos; e Denis Russo Burgerman, jornalista, autor do livro O fim da guerra. A coordenação da mesa ficará por conta de Paulo Amaranto, pesquisador da ENSP/Fiocruz.


Um dado interessante é o posicionamento do jornalista Denis Russo Burgerman, que em seu livro defende que a  guerra contra as drogas foi uma invenção dos políticos para ganhar votos a custa do medo que as pessoas justificadamente têm das drogas. "O problema é que a repressão ultra-radical simplesmente não funciona. Quanto mais dura a proibição, mais gente usa drogas – e mais perigosas as drogas ficam. Por causa da guerra contra as drogas, hoje há crianças fumando crack nas ruas de praticamente todas as cidades brasileiras." Apoiado em dados atualizados e novas teorias econômicas o autor demonstra o fracasso de nosso atual sistema, mas também pontua soluções, que certamente ele abordará em sua palestra, como a defesa de que a droga ilícita mais importante é a maconha, porque é a mais utilizada. Nossa covardia de lidar com essa droga é o que está empurrando nossas crianças para substâncias muito mais perigosas, como o crack.

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