segunda-feira, 9 de setembro de 2013

DF e cidades do Entorno aderem ao combate à violência contra jovens negros

A prefeita de Valparaíso de Goiás, Lucimar Nascimento (de pé),
os ministros da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci,
da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho,
e o governador do DF, Agnelo Queiroz
Distrito Federal (DF) e cidades do Entorno aderiram hoje (5) ao Plano Juventude Viva, de iniciativa da Secretaria-Geral da Presidência da República, de combate à violência contra jovens negros. O plano prevê investimento de mais de R$ 90 milhões na região, além do trabalho conjunto de prefeituras, governos e sociedade civil. As ações já estão em prática em Alagoas e na Paraíba.

O plano compreende trabalhos de desconstrução da cultura de violência nas comunidades, com a criação de programas para jovens de 15 a 29 anos. As regiões com maior índice de assassinato deverão ser priorizadas nessas ações. O plano também prevê atuação em escolas e nos sistemas penitenciário e de saúde. O objetivo é mudar o conceito de violência banalizada nessas localidades, além de combater o racismo.

Dados da Secretaria-Geral da Presidência mostram que os jovens foram vítimas de 57,84% dos homicídios registrados em 2010 no Distrito Federal, sendo que 88,41% das vítimas eram negros. O órgão informou ainda que em municípios como Novo Gama e Águas Lindas de Goiás, todos os jovens assassinados nesse ano eram negros. Para o secretário Especial de Promoção da Igualdade Racial do DF, Viridiano Custódio, o grande diferencial do Juventude Viva é o foco na comunidade negra das periferias.

Fiocruz avalia qualidade da informação em sites de saúde


O Laboratório Internet Saúde e Sociedade (LAISS), do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF), realizou uma avaliação da qualidade da informação em 18 sites de Dengue, cujos resultados serão apresentados nesta QUINTA-FEIRA, DIA 12/9, ÀS 14H NO SALÃO INTERNACIONAL da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz. 

Esta avaliação contou com a participação de 20 moradores das Comunidades de Manguinhos e de 10 médicos da Fiocruz. Foram criados 5 critérios com mais de 50 indicadores.

Foram avaliados sites de iniciativas privadas, como do G1 e de Dráuzio Varela; públicas, como do Ministério da Saúde; e coletivas, como da Wikipédia. Esta apresentação visa discutir a importância da elaboração de um Selo Fiocruz de qualidade de informação em sites de saúde.

Contamos com você nesta atividade.


Mais detalhes sobre os critérios, o processo e os resultados da avaliação poderão ser obtidos depois do dia 12/9 no site: www.ensp.fiocruz.br/laiss. Contatos:laiss@ensp.fiocruz.br

Violência e drogas são temas de debate na 1ª CRDSS do Nordeste

Flaviano Quaresma

Em sessão temática, a violência e as drogas foram debatidas durante 1ª Conferência Regional de Determinantes Sociais de Saúde do Nordeste, no Recife. Um balanço das políticas públicas e das estratégias visando enfrentar os problemas associados ao uso de drogas e ao padrão sistemático da violência no Brasil, e principalmente no Nordeste, pautou as atividades, coordenadas por Deborah Malta, da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) e com as presenças de Ângela Guimarães, da Secretaria Nacional da Juventude do Ministério da Saúde, Preto Zezé, da Central Única das Favelas (Cufa/Ceará), e Cecília Minayo, coordenadora do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência Jorge Carelli (Claves/ENSP/Fiocruz).

A coordenadora da mesa, Deborah Malta, destacou a importância de sistemas de informação para vigiar e melhorar a compreensão dos desdobramentos atuais deste padrão estrutural de violência no Nordeste brasileiro. Referiu-se principalmente à necessidade da vigilância viva para obter dados sobre eventos de violência, vítimas e agressores e ressaltou uma nova portaria do Ministério de Saúde universalizando a notificação obrigatória de eventos de violência.

A coordenadora do Claves/ENSP, Cecilia Minayo, alertou, com base num estudo de caso analisando quatro casos de municípios na Argentina e no Brasil em relação a suas taxas de homicídio, que taxas elevadas de homicídio podem estar associadas tanto à ausência como à consequência de ações do Estado.
 
As considerações dos debatedores e as intervenções do público sobre a temática das drogas se concentraram nomeadamente na questão do crack e nas drogas lícitas, pois, segundo eles, o consumo continua sendo estimulado de forma sistemática. No debate, destacou-se que, dada a complexidade do fenômeno e a heterogeneidade dos usuários, não pode existir uma receita única para enfrentar os desafios impostos pelo crack.

O foco dos debates sobre a violência constituiu o homicídio e, mais especificamente, os determinantes sociais e processos de determinação social dos homicídios na região do Nordeste, principalmente abordando e denunciando a violência contra a juventude negra nas periferias urbanas. Com base nos diagnósticos da situação atual e das experiências nos âmbitos políticos, científicos e sociais, apontaram-se ainda possíveis estratégias para reverter o alarmante quadro de violência e uso de drogas no Brasil.

*Flaviano Quaresma é jornalista da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Pesquisa propõe certificação de sites de saúde

Alô pessoal, marque em sua agenda o próximo dia 12, quinta-feira, às 14h, no salão internacional no 4º andar da ENSP. Será a apresentação dos resultados de cinco anos de estudos, da escola, sobre as transformações que o acesso à internet pode causar na relação médico-paciente. O responsável pela empreitada é André Pereira, coordenador do Laboratório Internet, Saúde e Sociedade (Laiss), do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP).

André Pereira mostrará os resultados da avaliação sobre a qualidade das informações disponíveis em 18 sites sobre dengue, além de indicativos de outras pesquisas, como a de tuberculose, que tem informações disponíveis na web. O encontro também proporá a elaboração do Selo Fiocruz, para atestar a qualidade de informação em sites de saúde.

A análise contou com a participação de 20 moradores das comunidades de Manguinhos e de 10 médicos de diferentes unidades da Fiocruz. Para tanto, foram criados 5 critérios com mais de 50 indicadores. Segundo André, a preocupação nasceu da dúvida. "Quem escreveu aquilo? Quem disse que aquela informação é de qualidade? Quem disse que a informação postada é atual e cientificamente correta?", indagou ele. 

Foram avaliados sites de iniciativa pública e privada. Entre eles, estão os do Ministério da Saúde, Wikipédia, G1 e Dráuzio Varella. De acordo com André Pereira, no geral, nenhum deles alcançou 70% de resultados positivos em relação aos critérios de abrangência, técnica, interatividade, legibilidade e acurácia. Do ponto de vista institucional, André ressaltou que desconhece qualquer pesquisa brasileira sobre o tema. 

Sites sobre tuberculose serão o próximo foco da avaliação sobre a qualidade das informações em saúde. Para tanto, André Pereira já se articulou com pesquisadores do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF/ENSP).