segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Do Alemão para o Alemão: mobilização social

O Jornal Voz da Comunidade divulgou em sua rede social uma discussão que encontra muitas dificuldades para se fazer presente na consciência dos gestores públicos: "Não adianta trazer turistas pra favela e mostrar que está tudo em paz..."

Esta reflexão não é restrita ao Alemão ou a uma determinada região empobrecida e abandonada pelo poder público. Há zilhões de problemas sociais a serem resolvidos. Muitos dependem do governo, mas "nem tudo depende do governo! Nós depomos fazer a nossa parte.", afirma o Jornal da Comunidade, que inicia uma campanha para conscientizar moradores do Complexo do Alemão sobre a questão do lixo. 

A mobilização é um caminho árduo e possível - dá trabalho, mas o primeiro obstáculo é acreditar que ninguém está sozinho e que a união pode fazer a diferença.

No caso do Alemão, este informativo popular defende: "Queremos um Alemão mais limpo, Brasil mais limpo, ou melhor... um mundo mais limpo!!! Cada um pode fazer sua parte."

    A Bahia virou a terra de uma artista só: Ivete Sangalo

    Em entrevista à Folha de São Paulo, João Jorge, presidente do Olodum, bloco afro-baiano, denuncia o monopólio sobre os recursos públicos do Carnaval de Salvador em uma única artista: Ivete Sangalo. Para ele, a divisão desigual dos recursos empobrece a Bahia e que o "Afróddromo" empurraria negros para gueto.

    Trechos da entrevista: 

    Na força da cantora, o líder do "bloco mais aclamado e conhecido no planeta", em suas palavras, vê um caráter étnico: ela é branca. 

    A vinda a Salvador de atrações como o sul-coreano Psy, diz, é mais um retrato de uma Bahia que não valoriza seus artistas, sua negritude. 

    João Jorge, mestre em direito público pela Universidade de Brasília (UnB), falou à Folha na sede do Olodum, em um belo sobrado encravado no Pelourinho. 

    Em seguida, tinha outra entrevista: com o americano Spike Lee, 55, que filma "Go Brazil Go!", documentário sobre a ascensão econômica do país, que também vai abordar o Brasil da perspectiva racial. Sobre isso, ele sentencia: a capital baiana "é campeã mundial de apartheid". Sobretudo nos dias de folia. 

    Leia abaixo a entrevista completa.