Organizado pelo CAU UNILA (Centro Acadêmico Universitário) em
parceria com o programa Pós-Afirmativas da UnB, visou aprofundar o debate sobre
a questão das periferias enquanto conceito sócio-geográfico: ou de exclusão
espacial e social compreendidos como fenômenos indiscerníveis.
Alguns
dos aspectos abordados no seminário foram: a abordagem tradicional feita sobre
a periferia; a construção simbólica estereotipada do morador destas regiões – o
padrão negativo que é estabelecido; incentivar a discussão sobre a composição
étnica destes bairros, demonstrando que a formação de bairros pobres ou
paupérrimos de moradores majoritariamente negros e pardos tem suas raízes na
historicidade brasileira construída sobre 400 anos de escravidão.
Entre os palestrantes, acadêmicos e profissionais
do movimento hip hop, em especial do entorno de Brasília/DF. Entre eles, Breitner
Tavares, doutor em Sociologia pela UnB; Andressa Marques, mestre em literatura
pela UnB; GOG (Genival Oliveira Gonçalves, foto), rapper e escritor brasileiro; Ana
Elisa C. Blackman, mestre em Ciências Sociais UFSCar e pesquisadora no IPEA; e
Andréia Moassab, doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, coordenadora
do CAU UNILA.
Após a exibição do filme “Rap o canto da Ceilândia”,
fez-se uma roda de conversa com Adirley Queirós, cineasta e diretor do filme e
Marcos Vinícius Moraes (Japão), rapper da Ceilândia. O filme é um diálogo
com artistas do Rap nacional (X, Jamaika, Marquim e Japão), todos moradores da Ceilândia, e mostra a
trajetória deles no universo da música, em paralelo com a construção da cidade.
Na ocasião, foi feito o lançamento do livro “Brasil
Periferia(s): a comunicação insurgente do hip-hop” (Educ/Fapesp, 2011), de Andréia
Moassab.