sábado, 31 de agosto de 2013

Formação Cidadã e Agroecológica para Juventude Rural

Abertura da parceria UNILAB e SNJ para formação cidadã e agroecológica para 
a juventude rural.  O programa vai envolver 15 municípios, 300 jovens do 
Semi-Árido. Aos poucos avançando no reconhecimento e promoção dos 
direitos dos jovens da agricultura familiar e camponesa.
Foto: Juliana Kitanji/articuladora regional SP Plano Juventude Viva
Em Planaltina (DF), cerca de 300 jovens se reuniram para participar da segunda etapa do Curso de Formação Agroecológica e Cidadã para a Geração de Renda da Juventude Rural do Centro-Oeste. Dois são os objetivos principais desta iniciativa: formar dos jovens para que iniciem um projeto de inclusão produtiva geradora de renda para eles e seus familiares;  e o fortalecimento do vínculo com o meio rural, mostrando que é possível a manutenção da juventude no campo. A ação faz parte de uma parceria entre a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) e Universidade de Brasília (UnB).

Na abertura oficial do curso a secretária nacional de juventude, Severine Macedo, expressou o desejo de que essa experiência se transforme em políticas públicas e possa agregar a outras ações já existentes para a formação e capacitação da juventude rural. “Temos hoje, 8 milhões de jovens no espaço rural e queremos que o jovem saia de lá somente se for o seu desejo, e não pela falta de condições e qualidade de vida. Queremos colocar a agenda da juventude rural com mais força na agenda nacional de políticas públicas para a juventude brasileira”, compartilhou a secretária.

Para a jovem Maria Helena, 25 anos, da comunidade quilombola Kalunga, o curso reafirma aos jovens a necessidade de políticas públicas para o segmento. “Para termos melhoria de vida não precisamos sair das nossas comunidades, basta que as políticas públicas cheguem até nós. Existem problemas gritantes, como a falta de infraestrutura, educação e renda, o que acaba nos tirando de lá, da nossa raiz, da nossa cultura, da nossa identidade. A partir do momento que saímos dos nossos espaços, acabamos cortando as nossas raízes. Queremos e precisamos do fortalecimento dos programas de saúde e educação. Precisamos também de assistência técnica, apoio às rádios comunitárias locais, saneamento básico e apoio ao esporte”, disse a jovem quilombola.

A professora Mônica Molina, coordenadora do Curso, acredita que para se construir a Política Nacional de Juventude Rural tem que se trabalhar pensando na formação agroecológica desse segmento. “Para que esses jovens permaneçam no campo não basta apenas a formação, mas o acesso a mecanismos e informações capazes de gerar renda de forma sustentável. É importante que os jovens tenham acesso a novas tecnologias. É importante  criar espaços  para que os jovens do campo tenham não apenas acesso à cultura, mas  onde possam ser produtores de cultura”, afirma a coordenadora do curso.

Érica Patrícia tem 15 anos e veio do Assentamento Antônio Conselheiro, em Mato Grosso, para participar do curso. “Muitos saem de nossas comunidades acreditando que é melhor irem para a cidade. Se tivéssemos mais apoio e conhecimento não haveria essa necessidade. Com esse curso estou adquirindo conhecimento que poderei passar para a minha comunidade, escola e familiares. Essa é a segunda etapa do curso que participo, depois da primeira, pude retornar e reunir com a escola e os pais dos alunos e repassar o que aprendi aqui”, compartilhou Érica.

José Ailton, 17 anos, do assentamento de Chapadinha, em Sobradinho-DF, revela a expectativa de poder compartilhar as experiências aprendidas durante o curso de formação. “Pude aprender e entender aqui muitas coisas que não sabia, como o desenvolvimento de projetos. Sei que isso poderei levar para o pessoal da minha comunidade e ajudá-los a desenvolver”, disse o jovem.

Fonte: www.juventude.gov.br

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