quarta-feira, 4 de julho de 2012

Prêmio Abdias Nascimento: proposta de um outro jornalismo

Uma boa notícia para o/as jornalistas e fotógrafo/as.
Trata-se das inscrições abertas, a serem encerradas no dia 31 de julho, da 2a versão do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento. Os vencedores recebem R$ 5 mil reais. A ideia do prêmio é a prática de um jornalismo mais plural e alinhado à diversidade brasileira.
Lançado em 2011, a premiação oferece 35 mil reais distribuídos em sete categorias (mídia impressa, rádio, televisão, fotografia, mídia alternativa ou comunitária, internet e especial de gênero) para jornalistas que se dedicarem a dar visibilidade aos problemas que afetam a população negra no Brasil. 
Incluir na pauta jornalística temas que contribuam para o combate ao racismo e escolher imagens alinhadas à diversidade da população brasileira para ilustrar uma reportagem estão entre os principais desafios da mídia brasileira atualmente.
Para concorrer nesta 2ª edição, os jornalistas devem ter publicado e/ou veiculado matérias entre 1º de maio de 2011 até 31 de julho de 2012. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.premioabdiasnascimento.org.br
O Prêmio Jornalista Abdias Nascimento é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ). E conta com o apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), das demais Cojiras que atuam no Distrito Federal, São Paulo, Alagoas, Paraíba e Bahia, do Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros (do Rio Grande do Sul) e do Centro de Informações das Nações Unidas (ONU). O patrocínio é da Fundação Ford, Fundação W. K. Kellogg e da Oi.


Informações: premioabdiasnascimento@gmail.com
Acompanhe o prêmio nas redes sociais:
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Visita guiada a exposição no Jardim Botanico !


Pessoal

A Biblioteca Parque de Manguinhos participa da Mostra MEU MEIO, edição especial Rio+20, que leva moradores a uma visita guiada ao Museu do Meio Ambiente no Jardim Botânico. 

Toda quarta-feira, na parte da tarde, sai uma van com capacidade para 15 pessoas, das 13h às 16h.

Mas é bom agendar e confirmar telefonando para lá, procure falar com Mozileide, Luiz Soares, Elaine ou Felipe pelo telefone 2334-8917, ou então dá um pulinho lá. Mas, não na hora do embarque.

A exposição é linda e trata de sustentabilidade e lá, as pessoas participam de atividades super animadas.

Aproveite as férias das crianças, e porque não as suas também...

Então, pessoal, um passeio desses é algo imperdível...

Vamos divulgar e conhecer não só a exposição, mas o Jardim Botânico, construído há quase dois séculos pelos nossos antepassados.

Outra coisa, que eu acho que vocês vão gostar. Porque não postam no blog Participação Cidadã as fotos da exposição. Basta mandar as fotos com seu nome que nós publicaremos... cooperacaosocialensp@gmail.com

Estamos aguardando sua produção fotográfica...

Comunidades: voz e voto na gestão pública, em debate na Rio+20

A defesa da Baía de Guanabara implica, necessariamente, na união dos povos da Baía de Guanabara. Este pensamento defendido pelo geógrafo Elmo Amador foi a liga perfeita para reunir pessoas de diferentes comunidades para expor as preocupações de seus coletivos, assim como pontuar os avanços conquistados a partir das mobilizações em prol da garantia de seus direitos ambientais. 


O encontro se deu na manhã do dia 21 de junho, na roda de conversa A luta da favela pela saúde ambiental: pela participação popular no comitê de sub-bacia da Baía de Guanabara, realizada durante a Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo. 


Os temas discutidos relacionavam-se com os problemas socioambientais que atingem essa região hidrográfica, a mobilização, a perspectiva e as falas das comunidades do entorno desse complexo sistema ecológico. As conversas aconteceram na Tenda Saúde, Ambiente e Sustentabilidade, fruto da parceria entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e Cebes (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde).


A roda de conversa, bastante concorrida, com a tenda cheia, foi mediada por Alexandre Pessoa, pesquisador e professor da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). E, contou com a participação de Darcília Alves, do Fórum do Movimento Social de Manguinhos; Edson Loiola, do Verdejar Socioambiental, do Alemão; Carlos Alberto do Centro de Estudos de Ações Solidárias da Maré (CEASM); e Rejane Gadelha da Vila Residencial do Fundão; e membros do Grupo da Sub-Bacia do Canal do Cunha – criado para articular diversas comunidades no entorno dessa Sub Bacia, a fim concentrar forças para atuar em prol da garantia dos direitos humanos e ambientais dessa região, assim como garantir a ampliação da cidadania como forma de emancipação das comunidades do entorno da Baía de Guanabara, vulnerabilizadas pelo processo degradação da região.


No final da manhã, o ambientalista e geógrafo Elmo Amador, falecido em 2010, aos 66 anos, foi homenageado com presença de seus filhos, Denise e André Amador, sua viúva Zulmira e netos. Música, declamação de poesia e depoimentos revelavam facetas do acadêmico/ativista/amigo/pai de família que desenvolveu valiosos estudos com recomendações urgentes, como a conclusão do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG). Para Elmo, a Baía ainda é viável, ela precisa somente de uma oportunidade e de bons projetos para sua recuperação. Como parte das homenagens, foi feito o lançamento de seu livro Bacia da Baía de Guanabara – características geoambientais, formação e ecossistemas.


Para Alexandre Pessoa, tanto as instituições, como a Fiocruz e outras organizações, assim como as comunidades que vivenciam cotidianamente os problemas socioambientais, tem um papel fundamental nessas discussões em territórios vulneráveis. “O Estado deve reconhecer que o saber também vem da comunidade, que é um lugar que se constituiu na história da vida desses moradores, que devem ter um papel protagonista nesses debates.”


Darcília Alves do Fórum do Movimento Social de Manguinhos, criado em 2007, destacou os problemas ambientais que se refletem na saúde da população da região, como as enchentes, o excesso de lixo, falta de saneamento básico, esgotos estourados, tuberculose. “A obra do PAC não atendeu as nossas expectativas, continuamos vivendo problemas sérios. O complexo é muito grande, são 13 favelas. Tenho a expectativa que o poder público olhe por nós em Manguinhos. Eu tenho esperança que os moradores de Maguinhos com as comunidades aqui reunidas na Rio+20, consigam que o governo olhe: porque, na verdade, nós somos sobreviventes em Manguinhos.


No debate, outros três moradores de Manguinhos se apresentaram ora fazendo denúncias sobre o processo de remoção, ora ratificando as denúncias sobre o acúmulo de lixo. “Falar de Manguinhos e não falar do lixo é impossível. Não vemos solução para isso”, afirmou Geralda da Paz, conselheira de saúde do Conselho Gestor Intersetorial do Teias – Escola Manguinhos.

Já o morador do Parque João Goulart, Abimael Alves, trouxe a reflexão da existência de outros seres coabitando o meio ambiente, cuja capacidade de proteção e fuga é limitada. “Vamos refletir sobre a perda de outros seres, que não notamos. Quando percebemos que atinge a nossa vida já é mito tarde para muitos. A hora de lutar é agora.”


Leia a matéria na íntegra clicando abaixo...