sexta-feira, 8 de março de 2013

Processo seletivo da ação cultural: Sextas da Casa

O Observatório de Favelas, Instituto Avon e Arena Carioca Dicró convidam cantores e grupos musicais da Zona da Leopoldina para o processo seletivo de apresentações na programação da ação cultural “Sextas da Casa”.
A ação cultural “Sextas da Casa” faz parte do conjunto de ações do projeto “Rio em Rede”, iniciativa educativa e cultural do Observatório de Favelas e Instituto Avon voltada para o enfrentamento da violência em cinco comunidades do Rio de Janeiro: Cidade de Deus, Rocinha, Complexo da Penha, Maré e Jardim Gramacho.
As inscrições para este processo seletivo deverão ser realizadas no período de 18 de fevereiro a 15 de março de 2013. Para se inscrever ou saber mais sobre a iniciativa, clique aqui.

Oportunidade de Trabalho: Jornalista

Justiça Global lança edital de Processo Seletivo para vaga de Assessor/a de Comunicação

Posição: Assessor(a) de Comunicação
Local: Rio de Janeiro, Capital
Prazo para envio do currículo: 12 de março de 2013.
Início das atividades: Início Imediato
Carga horária: 40 horas/semana
Áreas de Atuação: 
- Direitos Humanos; 
- Violência Institucional e Segurança Pública; 
- Acesso à Justiça; 
- Direitos Econômicos Culturais e Sociais (DESC).
- Violações de direitos humanos cometidas no contexto das atividades das indústrias extrativas no Brasil e em outros países a definir.

Atribuições:
• Assessoria de imprensa nacional e internacional
• Elaboração de Boletim Institucional online
• Redação de notícias sobre temas da organização e parceiros
• Redação e divulgação de comunicados de imprensa
• Organização de coletivas de imprensa
• Documentação de casos de violação de direitos humanos
• Coordenação e alimentação da página na Internet e redes sociais

Perfil:
• Experiência profissional na área
• Experiência profissional mínima de 3 anos com assessoria de imprensa
• Interesse na área de promoção e proteção dos direitos humanos
• Interesse em trabalhar com movimentos sociais e ONGs
• Capacidade para trabalhar em equipe
• Essencial o domínio dos idiomas português e inglês, desejável espanhol
• Disponibilidade para viagem
• Conhecimento de Wordpress e outras ferramentas de internet
• Morar no Rio de Janeiro
• Disponibilidade em executar tarefas mais amplas do que as descritas quando necessário

Inscrições
Email: até o dia 12 de março de 2013, através do E-MAIL:contato@global.org.br.
ASSUNTO: “processo seleção comunicação 2013”, com a documentação a seguir especificada:

a) currículo
b) carta de apresentação de até uma lauda, demonstrando sua condição para assumir a posição
c) apresentação de duas referências para serem contatadas pela equipe de seleção, caso necessário
d) exemplos de textos jornalísticos já escritos

Seleção
• até 12 de março: Envio do currículo
• 14 e 15 de março: Entrevistas

Remuneração
• Compatível com a função

Beleza Negra: no Dia Internacional da Mulher

Um delicioso texto - e um presente - publicado no Informe Lélia Gonzalez (http://groups.google.com/group/memorialeliagonzalez?hl=en?hl=en), desta antropóloga que foi a primeira mulher negra a dirigir a Escola de Artes Visuais Parque Lage na Zona Sul do Rio. 

por Lélia Gonzalez

.........  Nunca esquecerei o carnaval de (19)78, que passei em Salvador. Graças à recomendação do Macalé, um de seus fundadores, participei do desfile do Ilê. Foi de arrepiar e fazer o coração da gente bater disparado. Jovens negras lindas, lindíssimas, dançando ijexá, sem perucas ou cabelos “esticados”, sem bunda de fora ou máscaras de pinturas, pareciam a própria encarnação de Oxum, a deusa da beleza negra. Enquanto isso a música dizia: “Aquela moça / Que tá na praça / Tá esperando / É o bloco da raça / E quem é ele? / Eu vou dizer / É o bloco negro / Ele é o Ilê Aiyê /...

É importante ressaltar que as atividades dos blocos e afoxés não se restringem ao carnaval, mas se desenvolvem durante o ano inteiro. E é nisto que se encontra a sua força. Seus membros estão sempre juntos, discutindo, refletindo, criando coisas novas. E foi por aí que surgiu a idéia de instaurar a “Noite da Beleza Negra”[1], visando a marcar anualmente todo um processo de revalorização da mulher negra, tão massacrada e inferiorizada por um machismo racista, assim como por seus valores estéticos europocêntricos.

E são as jovens negras desses blocos e afoxés que organizam suas respectivas festas, convidando de preferência pessoas da comunidade negra que elas consideram credenciadas para escolher, dentre elas, a mais digna representante da beleza negra.

Não se trata de um concurso de beleza tipo “miss” isto ou aquilo, o que não passaria de uma simples reprodução da estética da ideologia do branqueamento. Afinal, pra ser “miss” de alguma coisa, a negra tem de ter “feições finas”, cabelo “bom” (“alisado” ou disfarçado por uma peruca) ou, então, fazer o gênero “erótico/exótico”. O que ocorre na escolha de uma “Negra Ilê”, por exemplo, não tem nada a ver com uma estética européia tão difundida e exaltada pelos meios de comunicação de massa (sobretudo por revistas tipo “pleibói” ou de “moda”, assim como pela televisão).  Na verdade, ignora-se, tranqüilamente, essas alienações colonizadas, complexadas, não só das classes “brancas” dominantes, como também dos “jabuticabas”[2] e/ou dos “negros recentes” (né, João Jorge[3]?). O que conta para ser uma “Negra Ilê” é a dignidade, a elegância, a articulação harmoniosa do trançado do cabelo com o traje, o dengo, a leveza, o jeito de olhar ou de sorrir, a graça do gesto na quebrada do ombro sensual, o modo doce e altaneiro de ser, etc. E se a gente atentar bem para o sentido de tudo isso, a gente saca uma coisa: a Noite da Beleza Negra é um ato de descolonização cultural.

Por isso mesmo, fiquei muito tempo sensibilizada quando minhas irmãs do Ilê Aiyê me convidaram para presidir a escolha da “Negra Ilê” de 1982, ocorrida no dia 6 de fevereiro. Infelizmente, as exigências da nossa luta fizeram com que eu permanecesse no Rio e não participasse, também, da escolha da beleza negra do Male Debalê, no dia 14. De qualquer modo, ficam aqui o nosso testemunho e a nossa solidariedade para com esse importantíssimo trabalho. E, para as escolhidas de (19)82, a nossa saudação, na saudação de Oxum: ORA-YÊ-YÊ-Ô!

Beleza negra, ou: ora-yê-yê-ô!
Lélia Gonzalez
in Jornal Mulherio ,Ano 2, número  6,  Março/Abril – 1982, p. 3


[1] A “Noite da Beleza Negra” surgiu, em Salvador, por iniciativa do Ilê Aiyê, em 1980.  Em 1982, passou a ser realizada, também, no Rio de Janeiro, por iniciativa do Bloco Afro Agbara Dudu, tendo Lélia Gonzalez como membro da primeira Comissão Julgadora.
[2] Jabuticabas.  Pessoas que são como a fruta jabuticaba – ou jaboticaba: pretas por fora e brancas por dentro; e ainda com um caroço difícil de engolir, dizia Lélia.
[3] João Jorge.  Referência a um dos fundadores do Bloco Olodum, possivelmente por conversas que a autora tenha tido com João Jorge.  Lélia participou da fundação do Olodum.
Mais informações sobre a vida e obra de Lélia Gonzalez:  leliagonzalez@leliagonzalez.org.br, podermulher@gmail.com, memorialelia@gmail.com

Fórum do Movimento Social de Manguinhos


Comissão Executiva do Fórum do Movimento Social de Manguinhos convida moradores e trabalhadores do território para participarem da reunião no dia 12 de março, terça-feira, das 18h às 20h, na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, sala 110, entrada pela Rua Leopoldo Bulhões, 1.480, quando será apresentado e debatido o projeto "Programa de Inclusão Social e Oportunidades para Jovens do Rio de Janeiro".
 
O Governo do estado do Rio de Janeiro lançou o este projeto com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento para jovens de áreas pacificadas. Manguinhos e Cidade de Deus serão os locais de início do projeto. O Fórum Social de Manguinhos convida a todos os jovens e pessoas que trabalham com esse segmento para conhecer esta proposta e criar estratégias para seu monitoramento.


Elas / Nós


Pesquisa: Humanização dos Cuidados em Saúde


Humanização dos Cuidados em Saúde:
conceitos, dilemas e práticas
Suely Ferreira Deslandes (org.)

A humanização tem sido associada a distintas e complexas categorias relacionadas à produção e gestão de cuidados em saúde: integralidade, satisfação do usuário, necessidades de saúde, qualidade da assistência, gestão participativa, protagonismo dos sujeitos e a intersubjetividade envolvida no processo de atenção. Esta obra busca apresentar um balanço crítico dos conceitos e perspectivas que atravessam tal ideário, e analisar os limites e possibilidades das iniciativas autodenominadas ‘de humanização’.

Na Editora Fiocruz e na Abrasco Livros:
de R$ 54,00 por R$ 27,00

No boleto on-line:
de R$ 54,00 por R$ 37,80

Nesta semana, para celebrar o Dia Internacional da Mulher, todos os títulos da Coleção Criança, Mulher e Saúdeestão com desconto. Saiba mais sobre esta promoção nosite da Editora Fiocruz.