Foto: José Cruz/ABr |
29/08 - “É importante que essa informação chegue às pessoas e que elas possam se
posicionar. nós fazemos um apelo para que as pessoas, à medida que elas
conheçam o programa, o defendam”, afirmou o ministro Gilberto Carvalho, na
quarta-feira (28/8) durante o Diálogos Governo-Sociedade Civil sobre o Programa
Mais Médicos, promovido pela Secretaria-Geral da Presidência da República.
O evento, realizado no Palácio do
Planalto, em Brasília, reuniu cerca de 50 representantes de movimentos sociais
e organizações da sociedade. Carvalho disse ainda que a forma com que os
médicos cubanos foram recebidos pelos profissionais brasileiros pode ter uma de
carga de preconceito. “Eles vêm ajudar quem os médicos brasileiros se recusaram
a ajudar”, disse ainda o ministro que condenou as “declarações infelizes,
gestos alguns legítimos de protestos, outros que causam espécie porque
carregados de preconceito, xenofobia, corporativismo exacerbado, além do
racismo”.
Fernando Menezes, secretário-adjunto
da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, fez uma
apresentação sobre a situação da saúde no Brasil e o Programa Mais Médicos. De
acordo com Menezes, o Programa faz parte de um amplo pacto de melhoria do
atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que prevê
investimento em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar
mais médicos para regiões onde há escassez ou não existem profissionais. “Hoje,
o Brasil possui 1,8 médicos por mil habitantes. Esse índice é menor do que em
outros países, como a Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (3,9) e Espanha
(4). Além da carência dos profissionais, o Brasil sofre com uma distribuição
desigual de médicos nas regiões - 22 estados possuem número de médicos abaixo
da média nacional”, informou.