segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Seleção de Projetos - Fundo Socioambiental CAIXA

A CAIXA, por meio de seu Fundo Socioambiental, prorrogou até 10/08/2012 as inscrições para a Chamada
Pública 001/2012, que disponibilizará até R$120.000,00 por projeto aprovado, o qual deve ter como foco a Geração de Trabalho e Renda para promoção da autonomia financeira de comunidades localizadas nas 5
regiões do Brasil.


A ideia deste convite é sua divulgação junto a todas as redes de relacionamento para que possa ser alcançado o maior número de interessados / beneficiários possível, promovendo a melhoria da qualidade de vida de muitos/as cidadãos/ãs brasileiros/as.


Mais informações em: www.caixa.gov.br > Donwloads > Fundo Socioambiental CAIXA > Chamada Pública 001/2012.

Mulheres e o direito de escolha do parto


Em julho, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) proibiu médicos, obstetrizes, parteiras e doulas (profissionais que dão apoio físico e emocional à mulher em trabalho de parto) estão proibidos de atuarem em partos domiciliares, somente em partos hospitalares. A proibição, segundo especialistas, foi um retrocesso, por ir de encontro às ideias básicas da humanização do parto e do nascimento.

Com a crise, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) afirmou que tal determinação não impediria que os partos em casa cessassem, uma vez que o enfermeiro obstetra é amparado por lei a realizar o parto, mas que a equipe de apoio ficaria desfalcada, pois faltaria um integrante – seja médico, enfermeiro, doula ou psicólogo –, prejudicando o parto humanizado. Em contrapartida, é importante ressaltar que o Brasil é o país campeão na realização de partos de cesariana, com cerca de 90% dos partos realizados na rede privada nesta modalidade.

Marcos Dias: Nós devemos compreender melhor a situação. Usando como exemplo o sistema de saúde inglês – que é público e voltado todo o tempo para o que é melhor para as mulheres e qual o melhor custo-benefício para a situação –, só 3% dos partos na Inglaterra eram domiciliares. Então, em 2010, especialistas quiseram entender por que tão poucas mulheres tinham acesso ao parto domiciliar e se realmente ele é seguro.

Porém, não adianta você ter uma coisa que é muito boa, mas que não tem para todo o mundo. Eles fizeram um estudo com 63 mil mulheres comprovando que o parto em casa tem os resultados, em termos de mortalidade materna praticamente iguais ao parto hospitalar. Em relação ao bebê, para as mulheres que têm o primeiro filho, o parto domiciliar pode ser mais arriscado para o bebê. Então, como lá são feitas recomendações para o sistema de saúde, os pesquisadores estudaram o parto no hospital, nos centros de parto e o domiciliar e chegaram à conclusão que, na verdade, o lugar mais seguro para a mãe e para o bebê é o centro de parto, um ambiente sem médico, só com enfermeira, com os mesmos resultados que o hospital, mas com menos intervenção.


Maria do Carmo Leal: Exatamente, e é importante traçarmos um paralelo apontando a diferença desses dois sistemas. Ambos são públicos, de acesso universal, mas, na Inglaterra, não existe o contrato privado como aqui. Em relação à questão do parto domiciliar, todas as decisões tomadas são feitas baseadas em evidências científicas. Aqui no Brasil acontece algo diferente. O que está acontecendo hoje? O Cremerj resolveu baixar uma regra dessas e tentar impingir uma norma de funcionamento ao parto sem nenhuma evidência no Brasil sem saber se isso é ruim. Porque as evidências que existem sobre esse tema na literatura internacional dizem o contrário, isto é, que este tipo de parto é benéfico. Não existe evidência no Brasil de que isto seja ruim. Logo, se não é mal, por que eles têm de legislar sobre uma coisa que é contra a mulher? A doula é boa porque relaxa, dá apoio e conforto para a mãe. Por que proibir uma doula de entrar no hospital? Outra coisa, a obstetriz é a profissional que faz o parto na Europa e em boa parte dos Estados Unidos, com resultados bem superiores ao nosso.


Silvana Granado: A doula é uma voluntária para atuar nesse momento específico. Outro problema que temos visto é o aumento de internação dos recém-nascidos em UTIs. Embora os índices de mortalidade infantil tenham caído, a internação em UTI de crianças tiradas antes do tempo vem aumento muito, especialmente em partos realizados em hospitais privados.



Instituições médicas, academia, organizações não governamentais, grupos de direitos humanos entraram no debate em defesa das mulheres, até que a 2ª Vara Civil Pública do Rio de Janeiro revogou a decisão. O Cremerj lamenta o fato e afirma que recorrerá da determinação judicial.

Mas será o parto domiciliar seguro? Qualquer mulher pode optar por este tipo de parto? Por que uma mulher pode escolher fazer uma intervenção cirúrgica (cesariana), mas não ter seu filho em casa de forma humanizada? As questões foram surgindo e o Informe ENSP ouviu as coordenadoras do Grupo de pesquisa Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente da ENSP/Fiocruz Maria do Carmo Leal e Silvana Granado, e o integrante Marcos Augusto Dias, pesquisador do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), para esclarecer melhor essas questões. 

Informe ENSP: Vamos começar com a principal questão, que é dúvida de muitas mulheres. O parto em casa é seguro?

Ou seja, nos centros de parto, um número menor de mulheres pede anestesias, tem episiotomia e sofre aceleração do trabalho de parto. Além destes benefícios, existe uma relação custo-benefício favorável.

Leia a matéria completa clicando abaixo.

Saúde nas Favelas: Sobrevivendo à Violência Armada: impactos sociais e psicológicos (foco na mulher negra & resiliência)


Dia 7 de agosto, das 14h às 16h, na sala 310 da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (UnirioRua Dr. Xavier Sigaud, 150, Urca), promove a apresentação e debate com a dra. Annette Bailey, da Ryerson University (Toronto - Canadá), sobre sua pesquisa voltada para a temática Sobrevivendo à Violência Armada: impactos sociais e psicológicos (Surviving gun violence: social and psychological impacts). 
Annette Bailey é Enfermeira; Doutora em Saúde Pública, com Especialização em Educação e Promoção da Saúde, e sua pesquisa em desenvolvimento tem como campo o Complexo do Alemão e a Rocinha com foco na saúde da mulher negra, fatores de proteção e resiliência.

Ciclo de Debates traz jornalistas para falar sobre Comunicação em Saúde


Inscrições abertas para a edição especial do II Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública: Comunicação sem Fronteiras em Saúde, a ser realizado no dia 9/08.

Qual a importância da Comunicação para a saúde pública? Quatro jornalistas estarão na FIOCRUZ Brasília no próximo dia 9 para contar suas experiências sobre como seus trabalhos contribuem para este setor, estruturante da sociedade. Fatos internacionais relacionados à saúde e à ética foram importantes elementos na construção das carreiras dos repórteres Benoit Hervieu, responsável pelo escritório das Américas do Repórteres Sem Fronteiras; Romoaldo de Sousa, correspondente da Rede Católica de Rádio e da Rádio Jornal do Commercio em Brasília; Rogério Lannes, coordenador da Revista Radis Comunicação e Saúde da Fiocruz; e do conselheiro de imprensa do Ministério das Relações Exteriores, Alexandre Brasil.

Os comunicadores são os convidados para a Edição Especial do II Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública: Comunicação sem Fronteiras em Saúde, que será realizada a partir das às 8h, no Auditório Externo da Fiocruz Brasília. O evento, promovido pelo Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis), é aberto ao público e as inscrições podem ser feitas no site da FIOCRUZ Brasília (www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br)

Esta é a primeira vez que o Nethis realiza uma Edição Especial, com a proposta de abordar novos temas relacionados à saúde. O coordenador do Nethis, José Paranaguá, conta que o objetivo é ampliar a discussão da Bioética, da Diplomacia e da Saúde com outras perspectivas, e avisa que outras edições especiais estão previstas. “A ideia é trazer temas como meio ambiente, políticas públicas universais, atrair novos grupos de interesse”, conta. Para ele, o tema desta edição é importante para mobilizar a mídia e os sistemas de comunicação institucionais com as temáticas pesquisadas pelo Nethis. “Neste debate teremos ricas experiências de cooperação internacional em saúde”, conclui.

Confira a matéria completa no site www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br

Roda de conversa sobre Arte, Saúde, Cultura e Mobilização agita Manguinhos

Para debater sobre arte, saúde, cultura e mobilização, o Projeto CAIS, do Instituto de Comunicação Científica e Tecnológica em Saúde – Icict, realiza nesta terça-feira, 7/08, a “Roda de conversa sobre Arte, Saúde, Cultura e Mobilização”.

No encontro, a educadora, palhaça e pedagoga hospitalar Cléo Lima, da Coordenação de Educação e Saúde da Superintendência de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro - SPS/SMSDC-RJ, e o jovem dinamizador e arte-educador Lucas Pablo Oliveira, do Grupo Adolescentro Rocinha/RAP da Saúde, serão os âncoras que conduzirão o debate da Roda, abordando temas como a relação entre arte, saúde e cultura; a brincadeira e a fantasia na promoção da saúde; a cultura de paz e o envolvimento do jovem com a sua comunidade.

O evento ocorrerá às 14h, na Biblioteca-Parque de Manguinhos, num encontro informal onde ninguém sabe mais do que ninguém e todos têm oportunidade de se expressar.

As rodas de conversa são parte integrante do Projeto CAIS, desenvolvido pelo Instituto de Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) para integrar as ações da Cooperação Social da Fiocruz no território de Manguinhos.


SERVIÇO:
CAIS - Roda de conversa sobre arte, saúde, cultura e mobilização
Data: 07/08/2012 - Horário: 14h
Âncoras: Cleo Lima e Lucas Pablo
Local: Biblioteca-Parque de Manguinhos
Endereço: Av. Dom Helder Câmara, 1184 – Benfica,
Telefones para outras informações:  (21) 2334-8915 / 2334-8916 / 2334-8917

Fiocruz assina convênio para produzir vacina contra catapora


O Ministério da Saúde assinou na manhã de sábado um acordo para transferência de tecnologia entre a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) e o laboratório público Biomanguinhos (Fiocruz), visando a produção nacional de vacina contra a varicela - mais conhecida como catapora.

Serão gastos R$ 127,3 milhões por ano com a nova vacina, que será incluída no calendário público infantil a partir de agosto de 2013 - em vez de receberem duas doses da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), aos 12 meses e quatro anos de idade, as crianças serão vacinadas com a tetraviral, que incluirá a catapora.

"Com apenas uma picada o Brasil vai poder proteger suas crianças de quatro vírus diferentes. Isso é melhor para a criança, aumenta a adesão à vacinação, e também gera uma economia na aplicação", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o evento, na Fiocruz.
Segundo o ministério, a catapora é responsável por cerca de 11 mil internações e mais de 160 mortes por ano no Brasil. A Sbim (Associação Brasileira de Imunizações) estima que os números da doença sejam mais altos, já que apenas casos graves acabam registrados.

"Não é só um esforço de orgulho nacional, é uma decisão estratégica do governo. Queremos estar imunes a qualquer variação cambial ou decisão estratégica de empresas estrangeiras. Só podemos ter o calendário de vacinação que temos porque 96% das vacinas são produzidas no país", disse Padilha.

Essa é a terceira mudança no calendário vacinal confirmada neste ano. O ministério anunciou ainda a vacina injetável contra a pólio e junção de algumas vacinas em uma só - a pentavalente.
Fonte: Folhapress