sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Solidariedade!!!

O cantor e compositor Zeca Pagodinho mostrou sua solidariedade no auxílio às vítimas da forte chuva que castigou a Baixada Fluminense nesta quinta-feira (3). O artista, que mora no Xerém, em Duque de Caxias, socorreu moradores e chegou a levar desabrigados para sua casa. 

As chuvas também afetaram a cidade de Angra dos Reis, no sul do Estado, onde 15 pessoas ficaram feridas em Santa Rita do Bracuí, depois que oito casas desabaram entre a noite de quarta-feira (2) e a madrugada desta quinta.

O cantor agora se manifesta nas redes sociais para pedir ajuda aos desabrigados do temporal. A equipe que cuida do Facebook e do Twitter do músico publicou na noite de quinta-feira mais informações do local onde as doações estão sendo recebidas.

Doações: água potável, material de limpeza, higiene pessoal, primeiros socorros, roupas, alimentos não perecíveis. 
Local: Museu Ciência e Vida, na Rua Aílton da Costa, s/n, bairro 25 de Agosto, em Duque de Caxias. 
Horário de funcionamento: Terça-feira a sábado, das 9h às 17h, e domingo e feriados, das 13h às 17h. 
Informações: 2671-7797.

Muito popular em Xerém, Zeca Pagodinho é conhecido por sua solidariedade. É seu costume, no Natal, por exemplo, o cantor distribui brinquedos para as crianças da região. 

O sambista Renato Milagres, sobrinho de Zeca, divulgou a realização de um samba todos os sábados de janeiro para arrecadar donativos para os dasabrigados. 

"Boa tarde a todos!!! Já vimos o que está acontecendo em Xerém. Então, nesse sábado e em todos os outros de janeiro, peço a colaboração de todos pois estaremos lá no nosso samba no Renascença Rena arrecadando alimentos, água e roupas para aqueles que perderam tudo e necessitam de nossa ajuda!! Mais tarde, vou criar um evento pra podermos organizar o "mutirão de amor" que vamos fazer por Xerém!".

Como sempre: Destruição em Xerém foi tragédia anunciada

A forte chuva que atingiu Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ), causou
destruição e deixou centenas de pessoas desabrigadas. Casas foram
destruídas pela força da correnteza e carros estão amontoados pelas ruas.
Fotorepórter Vladimir Platonov/ABr
Para variar, o ano nem bem começou e uma catástrofe (anunciada) se faz presente. Trata-se da destruição causada pelo temporal que atingiu na madrugada do dia 3 de janeiro o distrito de Xerém, em Duque de Caxias: ela poderia ter sido evitada. Como aconteceu em Teresópolis, Nova Iguaçu, Petrópolis, Angra dos Reis, entre outras áreas eternamente sofredoras, e que não aparecem na mídia. 

Bastariam medidas de prevenção básicas, como a proibição pelo Poder Público de edificações nas margens dos rios e córregos, além de uma dragagem periódica. A opinião é do especialista em geotécnica do Departamento de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Alberto Sayão.

“Foi uma tragédia anunciada, um desastre previsto. Alguém tem que ser responsabilizado”, disse Sayão, que citou a falta de fiscalização pelo Executivo, a leniência do Judiciário em julgar crimes ambientais e o populismo de integrantes do Legislativo, que buscam se promover em troca da facilitação da ocupação de áreas irregulares.

“Deixar construir às margens de rios é crime ambiental. O rio vai sempre reconquistar o seu espaço. É possível prever com exatidão as áreas de inundação”, declarou o professor. Segundo ele, podem se passar muitos anos até que ocorra outra inundação, o que não significa que é seguro construir estruturas no local. Além de colocar em risco as famílias, o entulho das casas destruídas vai represar e assorear ainda mais o curso d’água, causando mais pressão rio abaixo, atingindo outras estruturas, principalmente pontes, como ocorreu em Xerém.

Sayão ressaltou que a estrutura geológica da serra, em Xerém, é a mesma encontrada em outras formações geológicas no estado do Rio, com maciços rochosos cobertos por camadas finas de solo e vegetação, o que favorece deslizamentos.

“Os escorregamentos acontecem por causa de três fatores: camada fina de solo, forte inclinação e grande quantidade de chuva”, disse o engenheiro. Segundo ele, outro fator que pode ter contribuído na tragédia de Xerém é a quantidade de lixo que deixou de ser recolhida nas últimas semanas pela gestão passada da prefeitura de Duque de Caxias e que acabou sendo carregada para dentro dos rios e riachos, ajudando a barrar o fluxo da água causando os transbordamentos.

Fonte: Reportagem de Vladimir Platonow, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 04/01/2013

Oportunidade de trabalho: McDonald's

O McDonald’s da rua Visconde de Pirajá, em Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 247, Ipanema), está com 20 vagas de emprego para atendentes. 

Os interessados em participar da seleção devem ir até a loja de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h, levando RG, CPF e carteira de trabalho. 

O salário é de R$ 650 e os candidatos devem ter entre 16 e 35 anos. 

Mais informações pelos telefones 74135211 e 32512247.

Liberdade, um problema do nosso tempo


O livro Liberdade, um problema do nosso tempo: os sentidos de liberdade para os jovens no contemporâneo, da professora Amana Mattos, tem como questão central os sentidos que a palavra liberdade assume no mundo contemporâneo, em especial para os jovens. Em uma sociedade marcada pelo capitalismo e pelas relações individualizadas, “ser livre” é algo almejado por todos. Entretanto, essa experiência é marcada, inevitavelmente, por conflitos e perturbações, que surgem na relação com o outro no exercício da liberdade. A discussão teórica e com os jovens participantes da pesquisa sobre os possíveis entendimentos para a palavra liberdade, e sobre os embates gerados no seu exercício constituem o eixo do livro.

Iniciando com uma revisão crítica do conceito de liberdade no pensamento liberal, a autora mostra como a ideia de que o sujeito possa “ser livre para fazer/ser o que quiser” é amplamente difundida em nossa sociedade, levando à crença de que a liberdade é um direito individual, a ser vivido e desfrutado na esfera privada. Essa ideia, que atravessa as obras dos principais pensadores da teoria liberal, não problematiza a relação conflituosa com o outro, além de afastar o problema da liberdade das questões coletivas e públicas, despolitizando seu exercício.

Em seu trabalho de campo, a autora discute como jovens de diferentes classes sociais experimentam e significam a liberdade em suas vidas. Nas oficinas realizadas, a liberdade funcionou como um mote para os jovens falarem daquilo que não compreendem, daquilo que os angustia. A questão do que significa a liberdade levou os jovens a falarem sobre as dificuldades que encontram no convívio com outras pessoas – sejam familiares, amigos, conhecidos ou estranhos. Foi presente nas discussões o entendimento da liberdade como atributo e direito individuais, o que dificulta que o outro seja visto como alguém que também é livre. Mas os jovens também ressaltaram a importância das relações com os demais para que suas vidas tenham sentido, para que o próprio exercício da liberdade não seja algo vazio.

Para a autora, professora do Instituto de Psicologia da UERJ, uma consequência considerável da problematização da liberdade é que a psicologia pode ganhar um papel privilegiado na discussão da liberdade quando esta é remetida à relação com o outro e pensada sob a perspectiva do conflito. Para tanto, é necessário que a psicologia se coloque como um campo de saber que pode contribuir para o entendimento das relações entre pessoas, e entre instituições e pessoas, com toda a dimensão conflituosa e com as situações de opressão e de injustiça que constituem essas relações. Assim, é imprescindível pensar a liberdade para além do silenciamento das relações intersubjetivas e da normatização de sua experiência, como produtora de ruídos, de mal-estar e de estranhamento.

O livro, lançado em dezembro de 2012, foi publicado pela Editora FGV, com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro, Faperj.