quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Onde estão os Amarildos?

Por Sandra Martins
 
Em pleno Terceiro Milênio, Era da Informação, o mundo sendo conectado por uma tecnologia na qual os suportes midiáticos convergem... algo acontece no país (quiçá no  mundo) que é tão velho quanto a terrível - e viva - KKK norte-americana ou o Apartheid sul africano, ou mesmo os ataques do "Mão Branca" no Sudeste: o genocídio de negros e negras, ou como estampado nos noticiários "Onde estão os Amarildos?", todos negros ou quase negros.

O Genocídio de Jovens Negros e Negras foi o tema da Audiência Pública na Alerj ontem, 12/08; e, no Estado de São Paulo abriu-se uma mobilização sobre esta temática. É importante frisar que as manifestações sobre este tema acontecem em várias partes do país, em vários dos municípios que não aqueles 132 do ranking de violência letal contra jovens negros, conforme o Mapa da Violência amplamente divulgado pela mídia nacional.

SP - CONTRA O GENOCÍDIO - Juventude Preta, Pobre e Periférica 
 
O objetivo desta ação é que se torne encontro de pessoas e entidades que discutam a violência e ações racistas realizadas de forma institucional pelos os estados da federação.
Tema “Estado, Racismo e Violência”.
Os movimento sociais serão convidados para explicar como funciona o genocídio no dia-a-dia das pessoas com ancestralidade do continente africano e nativos (índios) durante toda a história do país. Além de também serem convidados artistas que em suas obras labutam contra o racismo.
O Plano de ação que esta formando o diagnóstico da Produção de Cultura Negra da Metrópole Santista segue a orientação do Guia do Enfrentamento do Racismo Institucional e especifico sobre a Região.


Um país precisa de sua juventude viva. No Brasil, onde pretos e pardos superam mais da metade da população, não é concebível que a cada 100 assassinatos de jovens, 90% sejam de negros entre 15 e 29 anos, moradores de áreas periféricas. Drogas, desemprego, desesperanças, falta de perspectivas, doenças, abandonos, são as balas que matam nossos meninos e meninas e vitimam suas famílias e amigos, e porque não, o próprio país. Muitos destes que morrem pela violência racista que relegou o lugar do negro como o lugar da menos valia, relembrando a antropóloga Lélia Gonzalez, são eleitores, assim como seus parentes e amigos. Será que estes votos são contabilizados? deveriam...

O enfrentamento à violência contra a Juventude Negra visa buscar solucionar ou, minimamente, reduzir a mortandade de parcela do futuro do país. O racismo mata. Um Estado racista mata mais ainda. Mata o futuro, mata o presente. Mata esperanças. Mata perspectivas. Mata a todos, pois todos são vítimas, não só os pretos + pardos. 

Um pouco de informação ajuda a formar um outro pensar sobre o que estamos falando.
Saia do imobilismo, enfrente o seu racismo como dizia uma antiga campanha "Onde você guarda o seu racismo?", todos temos um.

Algumas zapeadas e leituras interessantes...

http://www.juventude.gov.br 


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