sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Eduardo Miranda (Dudu), pode ser o próximo Amarildo. O Brasil precisa salvá-lo.

Este homem pode ser o próximo Amarildo!
Nome: Eduardo Miranda (Dudu).
Local: Mato Grosso do Sul.
Quando: Desde as manifestações do dia 20 de junho passado.
Como: Preso incomunicável.
Histórico: Foi candidato a vereador com a bandeira de não se permitir que guardas municipais portassem armas. Foi espancado há 3 meses por 12 guardas municipais, deu queixa na polícia. Mas nada aconteceu.
Estava na frente das manifestações em Campo Grande quando a guarda municipal o pegou e só o entregou à polícia horas depois.
Acusação: A guarda municipal diz que encontrou com esta liderança das manifestações, que nunca andou mascarado nem escondido, 23 papelotes de cocaína.
Está preso desde então incomunicável.

Abandono legal:  Seu advogado desapareceu, faltou a audiência sobre o pedido de habeas corpus. A OAB de Mato Grosso do Sul não quis saber do caso: lavou as mãos.

Segundo o portal MamaPress (http://mamapress.wordpress.com/2013/08/06/este-homem-que-se-chama-eduardo-miranda-dudu-pode-ser-um-proximo-amarildo-o-brasil-precisa-salva-lo/), Dudu não está preso. "Dudu Está sequestrado por uma máfia da omissão e violência."

O Tribunal de Justiça negou o Habeas Corpus para Dudu.

"Tememos por sua vida! A Anistia Internacional deve ser acionada, assim como a Secretaria de Direitos Humanos de Brasilia, as OABs, a Sociedade Brasileira. Chega de Amarildos!", disse Marcos Romão, sociólogo e editor do portal afro-indígena sediado em Berlim, ao afirmar que "Dudu é um preso político!"

Abaixo o depoimento de uma amiga de Dudu.

Carol Emboava, a testemunha que acompanhava EDUARDO MIRANDA MARTINS no momento de sua prisão escreveu seu depoimento no Facebook.O Dudu, preso pela guarda municipal de Campo Grande nas manifestações do dia 20 de junho está até hoje mantido na prisão, apesar dos protestos por todo o país..

Carol Emboava publicou na página de solidariedade ao Preso Político Dudu o seu depoimento:
Aqui está um caso para o MP de Mato Grosso do Sul apurar e investigar a Guarda Municipal de Campo Grande em Mato Grosso do Sul, por prisão ilegal e sequestro do jovem Dudu, além de dar toda proteção necessária a esta testemunha. Que vencendo o medo resolveu se manifestar sobre o ocorrido.


Bom, eu ainda não havia me pronunciado publicamente a respeito do que eu vi quando o Dudu foi pego pelos Guardas Municipais em frente a prefeitura. Com o HC negado em primeira e segunda instância, decidi antecipar o meu depoimento por aqui. Não vou esperar o poder judiciário se pronunciar para eu poder contar eu LUTO SIM pela LIBERDADE DO DUDU, apenas por ter a certeza que ele é inocente e está preso INJUSTAMENTE.


Eu estava sozinha na manifestação, encontrei o Dudu na Avenida Ceará, em cima do viaduto, no momento que corríamos da confusão que houve na Câmara. Pedi para que ele andasse comigo, pois sozinha era perigoso. Fechamos a Ceará, dando continuidade na manifestação e ele disse que haveria uma reunião na praça do rádio e então fomos caminhando até a Avenida Afonso Pena, subimos a rampa pela calçada conversando sobre a manifestação, ele ainda disse todo feliz “eu sabia que a galera ia acordar um dia, chegou a hora...”. 


Perguntei se tinha sido ele que jogou pedra na Câmara, ele disse que não, que estava com ovo só. Fechamos a Avenida Afonso Pena, a Polícia Militar passou correndo, em bando, para assustar os manifestantes, depois passou a CIGCOE, fazendo repressão também. Então fomos para calçada e continuamos conversando... Estava eu do lado direito, o Dudu no meio e um cara que eu nunca vi do lado esquerdo. Quando pisamos na calçada do começo da prefeitura começamos a conversar que deveríamos fazer igual em Brasília no dia seguinte. 

De repente vimos um movimento de cerca de 5 pessoas com roupas normais (guardas municipais a paisana) saindo de dentro daquela corrente que cercava a prefeitura. Um fingia que ia pegar ônibus os outros foram para outro lado disfarçando... Foi quando o Dudu falou “Eles acham que a gente não sabe que eles são policial.” E eu “Nossa, verdade...” e continuamos andando. Chegando perto do ponto de ônibus, o cara que fingia estar esperando ônibus (ele estava de boné, capa de chuva e mochila estilo ‘saquinho’) correu e pulou no Dudu, os outros 4 chegaram o derrubado. 

O Dudu caiu, colocou a mão para a cima disse “mas eu não fiz nada, eu não fiz nada...”. Eu esperei que eles me pegassem, não me pegaram, eu sai caminhando lentamente e observando, foram levando o Dudu para trás da prefeitura, para DENTRO da corrente de guardar, ou seja, UM LUGAR QUE ninguém tinha acesso, extremamente suspeito. 

Foi quando um guarda a paisana disse para mim com uma voz firme e grossa “Vai embora! Vai embora só tem vagabundo.” Eu retruquei “Vagabundo?! Se eu não tivesse antes daqui trabalhando, eu poderia ficar quieta. Você deveria estar protestando junto com a gente, mas não, está aqui me reprimindo, isso é um absurdo, eu não tô acreditando no que estou vendo.” (nessa hora eu ganhava tempo olhando onde eles estavam levando o Dudu). 


dudu 3
A campanha DUDU LIVRE roda o Brasil
Ele disse novamente “Vai embora! Estamos trabalhando” (como quem ameaça, vai embora senão te pegam...). Eu disse “Deveriam conhecer mais sobre a polícia da Alemanha.” E um manifestante que eu nunca vi falou “Sai daí, vamo com a gente.” E eu fui. 

O pegaram por volta das 20:50. Ele sumiu por cerca de 3 horas, apareceu na delegacia muito depois, uma coisa muito séria aconteceu nessas três horas e com certeza foi a hora que os guardas colocaram drogas na mochila dele. O Dudu não é traficante, todos que o conhecem têm a plena certeza disso. (Carol Emboava)

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