sexta-feira, 1 de março de 2013

LTM é contemplado em edital para o PAC


Um projeto coordenado por pesquisadores da ENSP/Fiocruz, por meio do Laboratório Territorial de Manguinhos (LTM), foi contemplado por edital que visa apoiar pesquisas científicas e tecnológicas que contribuam para o monitoramento, a avaliação e o aprimoramento dos Programas Minha Casa, Minha Vida e Aceleração do Crescimento (PAC). 

Nome do projeto:Políticas públicas, moradia, saneamento e mobilidade: uma análise participativa do PAC Manguinhos RJ na perspectiva da promoção da saúde e da justiça ambiental.
Objetivo: fazer uma análise do PAC Urbanização de Assentamentos Precários – PAC Favelas – nos complexos de Manguinhos, Alemão e Rocinha, considerando as intervenções referentes aos aspectos ambientais e seus desdobramentos sobre a ocupação do território e da moradia.
Linha temática: Aspectos de desenho, implementação e avaliação do PAC Urbanização de Assentamentos Precários, por meio do subtema Relação entre a ocupação humana e o meio ambiente nas intervenções em assentamentos precários do PAC Urbanização de Assentamentos Precários.
Prazo: até junho de 2014. 
Coordenação: Marcelo Firpo, do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), e Marize Cunha, do Departamento de Endemias Samuel Pessoa (Densp).
Colaboradores: pesquisadora do Cesteh/ENSP Fátima Pivetta, da pesquisadora do Departamento de Ciências Socias (DCS/ENSP) Lenira Zancan, além de bolsistas-moradores das comunidades de Manguinhos, Alemão e Rocinha.

De acordo com Fátima Pivetta, o projeto pretende, a partir de mudanças trazidas pelo PAC, discutir algumas questões. Entre elas, destacam-se: se as mudanças responderam às demandas históricas dos moradores em relação ao saneamento; se contribuíram para a mobilidade dos moradores dentro desses territórios e se os integrou à cidade; e se essas mudanças vêm produzindo novas configurações espaciais e sociais nas regiões alcançadas pelas grandes intervenções do PAC. O projeto também pretende analisar o que significa, para os moradores, viver nesses territórios em mudança e identificar os desdobramentos das mudanças sobre a produção social da saúde e da doença.

Para responder a essas questões, o estudo recorrerá, também, às oficinas de discussão (oficinas de memória e temáticas) com atores locais, mediadas pelos materiais (documentários e relatório fotográfico) já produzidos sobre o PAC Manguinhos e outros disponibilizados pelos agentes sociais parceiros nos territórios do Alemão e da Rocinha, como o Instituto Raízes em Movimento e a TV Tagarela.

“Pretendemos influenciar e redirecionar políticas públicas que simultaneamente reduzam vulnerabilidades socioambientais e ampliem os direitos humanos e a cidadania das populações. Nessa proposta, o processo de leitura do PAC Manguinhos deve servir como um roteiro para estreitar e ampliar o diálogo com organizações de outros territórios do município do Rio de Janeiro que têm sofrido intervenções semelhantes, como o Alemão e a Rocinha. Além do diálogo com moradores e lideranças comunitárias, esperamos também estreitar os laços com organizações com um papel relevante na avaliação e questionamento de políticas públicas, em especial o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), estabelecendo mecanismos de reflexão que possibilitem realizar uma leitura mais ampla do PAC na cidade do Rio de Janeiro”, concluiu Fátima.

Fonte: Informe Ensp

Um comentário:

  1. Parabéns ao pessoal do LTM, trabalho bacana que desenvolvem lá. Martha

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