quinta-feira, 29 de março de 2012

Formação em Gestão de Projetos Sociocomunitários

Foto: Daniel Cruz - ASCOM/DIRAD
Promover a saúde e o desenvolvimento local a partir dos próprios atores sociais da região, melhorar na auto-estima, incentivar o censo de colaboração e a participação no controle social de políticas públicas. Estes são alguns dos elementos que fundamentam o curso Formação em Gestão de Projetos e Organizações Sociocomunitários, organizado em parceria pela Diretoria de Administração da Fiocruz (Dirad), a Assessoria de Cooperação Social da Escola Nacional de Saúde Pública (ACS/ENSP) e da Presidência da Fiocruz (CS/Fiocruz). À aula inaugural, dia 15 de março na ENSP, Patrícia Nassif, do Serviço de Recursos Humanos da Dirad (SRH/Dirad) e coordenadora do PDGS, contou com a presença de José Leonídio, coordenador da CS/Fiocruz, e de Mayalu Matos, coordenadora da Assessoria de Cooperação Social/ENSP.


Foto: Sandra Martis - ACS/Ensp
Para José Leonídio, mais do que promover o ensino da técnica e do conhecimento, a proposta do curso – oferecido pelo Programa de Desenvolvimento em Gestão Social (PDGS) – é trabalhar a prática, oportunizando a transformação do meio ambiente com a participação da comunidade. Por meio deste curso, “a Fiocruz contribui no fornecimento de ferramentas para que cada um dos participantes possa ser o protagonista de mudanças na realidade vivida em sua comunidade”.


Jean Vilhena, Itaipuaçu/Maricá, e Elenice
Barbosa, apresentam suas expectativas
durante dinâmica de grupo.
Foto: Daniel Cruz - Ascom/Dirad
Um dos pontos-chaves deste trabalho é a troca de experiências entre participantes e docentes, que no entendimento de Mayalu Matos, potencializarão o aprendizado dessas lideranças para o desenvolvimento de projetos comunitários que atendam suas necessidades.
É nesta perspectiva que Elenice Barbosa se candidatou a uma das vagas. Moradora de Manguinhos há mais de quatro décadas, a aposentada e integrante do Conselho Gestor Intersetorial do Teias – Escola Manguinhos, entende que para mudar a realidade local, é necessário que haja comprometimento do próprio morador. “As coisas podem mudar; mas, também, depende da gente.” Sua pretensão é criar projetos dentro da comunidade. Segundo ela, em geral, os cursos ofertados acontecem na parte externa, obrigando o interessado a se deslocar. Como nem sempre poderá fazê-lo, a tendência é o abandono do projeto ou curso, que concorrerá numa não qualificação ou possibilidade de um novo aprendizado que poderia ser-lhe útil para futura geração de renda.


Para Lúcia Helen da Silva, esta é uma ótima oportunidade para, no campo pessoal, e desenvolver uma ação social com comunidades de baixa renda. Perto de se aposentar, a servidora tomou conhecimento desta iniciativa a partir do curso de PPA (Preparação Para a Aposentadoria). “A Fiocruz tem essa missão transformação, focada num nível de pós-graduação. Faltava esta capacitação em nível intermediário: decisiva para gerar mudanças, em especial, de moradores da localidade, que poderão desenvolver técnicas e implementá-las conforme suas necessidades. Isso é excelente.”

De acordo com a professora Patrícia Nassif, mais de 80 pessoas se inscreveram para uma das 30 vagas. Entre os critérios de seletividade: atuação em trabalhos sociais, ensino médio e, preferencialmente, ser morador de Manguinhos. Mas pessoas originárias de outras comunidades (Morro do Macaco, Falet/Santa Tereza, Oswaldo Cruz, São Carlos, 2 de Maio) e de outros municípios (Itaipuaçu/Maricá, Nova Iguaçu, Niterói) também foram contemplados.
Com 120 horas distribuídas ao longo de 16 semanas, o curso foi constituído com a união da Oficina de Elaboração de Projetos Comunitários com o Curso Gestão de Projetos Sociocomunitários, desenvolvidos desde 2009. As aulas serão ministradas por sete professores com disciplinas que tratam de legislação, noções de gestão financeira, contábil, recursos humanos, empreendedorismo social, entre outras.

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