quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Marcha em vários estados pela vida do povo negro

Salvador
Vários textos contribuíram para esta reflexão: Carta Capital, Afropress, Revista Raça, Quilombo Xis, Portal Áfricas, Rede Contra Violência, e por aí vai...

21/08/2013

Caravanas de vários bairros de Salvador e cidades da Bahia, em especial, de Santo Amaro, Cruz das Almas, Feira de Santana, Conceição de Feira, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Itacaré, Cachoeira e S. Félix, se juntarão a ativistas soteropolitanos na Marcha Nacional Contra o Genocídio do Povo Negro, que está sendo convocada pela Quilombo Xis - Ação Cultural Comunitária, responsável pela Campanha "Reaja ou será Morta, Reaja ou será Morto". A concentração da Marcha está marcada para as 15h, no Largo dos Aflitos em Salvador.

Rio de Janeiro
Marchas com o mesmo tema aconteceram também no Rio, Curitiba, Recife, Belo Horizonte e São Paulo. Ativistas dos movimentos negros e antirracistas dessas cidades passaram a considerar o dia 22 de agosto como Dia de Luta contra o Genocídio do Povo Negro.

Objetivo: De acordo com informações divulgadas pela revista Carta Capital - Cobrar “políticas públicas diante dos últimos dados sobre a violência contra a população negra, pobre e periférica brasileira.”

Números dolorosos
De 2002 a 2010, 418.414 vítimas de violência letal – 65,1% delas (272.422 pessoas) eram negras. 

Os dados constam no “Mapa da Violência 2012 – A Cor dos Homicídios”, primeiro levantamento nacional sobre esse tipo de morte com recorte étnico. 

O número de homicídios contra brancos caiu de 20,6 para 15,5 vítimas para cada 100.000 habitantes – queda de 24,8%. Entre os negros, o índice aumentou 5,6%, de 34,1 para 36 mortos para cada 100.000 brasileiros.

Há uma tendência crescente da vitimização dos negros no Brasil. Em 2002, morriam proporcionalmente 65,4% mais negros que brancos, enquanto em 2010 essa taxa saltou para 132,3%.

Entre os brasileiros com idade de 15 a 29 anos, a situação piora. Em 2002, o total de jovens negros mortos foi 71,7% maior que o de brancos. Em 2010, a discrepância subiu para 153,9%. Naquele ano, 19.840 jovens afrodescendentes foram mortos ante 6.503 brancos.

Ou seja: MATA-SE DUAS VEZES E MEIA mais jovens negros que brancos.


No próximo post, a íntegra de reivindicações da Marcha Nacional contra o Genocídio do Povo Negro divulgados pela Campanha Reaja.


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